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Um vulcão em erupção: reforço do Bota foi ídolo na Espanha e teve sucesso tardio na seleção



Talentoso, indomável, brincalhão. Alguns adjetivos podem ser compartilhados entre o Zorro, personagem fictício secular californiano, e Damián Suárez, lateral direito uruguaio que carrega o apelido. Novo lateral do Botafogo, Suárez teve trajetória vitoriosa no futebol espanhol, com idolatria no Getafe, e um reconhecimento tardio na seleção de seu país natal. 

Figurinha carimbada nas seleções de base do Uruguai, Suárez foi com 23 anos para a Espanha, após início no Defensor Sporting. O destino foi as Astúrias, onde defendeu o Sporting Gijón. O primeiro ano de futebol espanhol terminou com um inevitável rebaixamento em La Liga. 

O menino tímido que chegou do Uruguai ganhou casca na segunda divisão espanhola, pelo Elche. Conseguiu o acesso e, em seguida, ajudou a manter o clube na elite do futebol espanhol. 

Com o passar dos anos, Suárez se tornou uma presença forte no vestiário. É um jogador de grupo, que, como Zorro, atuou a favor dos oprimidos. Sempre defendeu os “azarões” em La Liga. Depois do Elche, foi jogar no Getafe, onde se tornou ídolo. 

O uruguaio viveu o ioiô de um time pequeno, caindo e voltando para a elite. Mas conseguiu levar os Azulones a uma classificação para a Liga Europa, com direito a vitória e classificação sobre o Ajax no torneio, em 2019. Ao todo, foram 295 jogos pelo clube, com quatro gols. 

Defensor dos “seus”, Damián foi uma pedra no sapato de seus oponentes em La Liga. Parou figuras como Neymar e Cristiano Ronaldo, que atuavam aberto pelo seu lado do campo. Marcou Messi. Usou da catimba uruguaia para enervar os rivais. É um provocador nato.

Tirava do sério, também, os árbitros. Em 13 temporadas de futebol espanhol, somando apenas jogos de liga (primeira e segunda divisão), o lateral recebeu um total de 141 cartões amarelos e foi expulso nove vezes. Na temporada 2019/20, teve uma média de um cartão amarelo a cada 173 minutos em campo. 

No início da trajetória na Espanha, se destacava principalmente na fase ofensiva, mas evoluiu na defesa e hoje, aos 35 anos, avança com mais cautela. É um jogador físico e explosivo, como mostram os cartões. Querido pelos companheiros, odiado pelos adversários. “Um vulcão em erupção”, como chegou a ser definido pela imprensa local. Chegou a ser capa do Mundo Deportivo, da Catalunha, de tanto importunar os jogadores do Barcelona durante duelo pela Copa do Rei. 

Sucesso tardio na seleção

Apesar da trajetória de sucesso na Espanha, sempre atuando com regularidade e quase sempre na elite (foram 11 temporadas de La Liga e duas na segunda divisão), Damián Suárez foi reconhecido tardiamente em seu país. 

Em janeiro de 2022, contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, foi o jogador de linha mais velho a estrear pela seleção (34 anos). Fez sete jogos pela Celeste Olímpica, mas nunca escondeu a frustração por não ter sido convocado para jogar a Copa do Mundo do Catar (Pumita Rodríguez e Guillermo Varela, mesmo contestados em Vasco e Flamengo, foram os escolhidos). 

Perto de completar 36 anos, o “cascudo” Damián Suárez já está no Rio, para mais um desafio na carreira. 13 anos depois, volta para a América do Sul, mas para um país novo. No Brasil, promete mostra a astúcia do Zorro Suárez. 



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