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Torcida 'brasileira', jejum e repatriados… Hajduk Split tenta volta triunfal na Croácia


Muitas vezes no futebol, as fronteiras são menos distantes. É possível até encontrar uma relação entre o Brasil e Croácia. E sem falar da eliminação da nossa seleção na última Copa do Mundo. A história do tradicional Hajduk Split é rica e, em 2023/24, ela pode ser reescrita.

Sem vencer o Campeonato Croata há duas décadas, o Hajduk vive momento que dá esperança à Torcida. Não, você não leu errado. A principal organizada do time de Split teve origem em 1950, ano que o Brasil foi sede da Copa, e é a mais antiga do mundo. (é possível ver na foto que ilustra essa matéria parte da faixa com os dizeres torcida).

Naquele ano, um grupo de estudantes fundou um grupo para celebrar clássico contra o Estrela Vermelha, ainda na antiga Iugoslávia. O furor que o Mundial causou entre os fãs croatas foi tanto que, ao descobrirem o significado da palavra torcida, os croatas decidiram por adotar o nome para a sua própria organizada.

Na atual temporada, o Hajduk Split liderou boa parte da disputa, atualmente está em segundo lugar, mas as chegadas recentes de Ivan Perisic e Josip Brekalo, dois atletas da seleção nacional, dão ainda mais combustível na luta contra a hegemonia do Dinamo de Zagreb. 

Perda do protagonismo

Fundado em 1911, o Hajduk Split fazia parte de um trio que dominava o futebol iugoslavo ao lado de Estrela Vermelha e Partizan. Ao todo, o time de Split venceu em nove oportunidades o título do antigo país europeu.

Depois da independência, o Campeonato Croata teve início na temporada de 1991/92 exatamente com título do Hajduk. A luta era, majoritariamente, entre a equipe de Split e o Dinamo de Zagreb.

Da temporada inaugural, até 2004/05, a divisão de títulos no país ficava em sete para o Dinamo de Zagreb, seis para o Hajduk Split e um para o NK Zagreb. O time de Split, por sinal, se despediu das conquistas com um bicampeonato.

Quase 20 anos depois, os rivais de Zagreb chegaram a vencer 11 troféus em sequência e ficaram com o título em 17 das últimas 18 disputas. O único time capaz de frear esse domínio foi o HNK Rijeka, em 2016/17.

Berço de talentos

Nesse século, se os títulos ficaram escassos, o Hajduk Split teve a capacidade de revelar jogadores importantes para a seleção croata. Ao contrário de Zagreb, com uma população acima das 800 mil pessoas, a pequena cidade de Split tem uma população de cerca de 200 mil pessoas. 

Os anos de 1990 e 2000 viram a ascensão de jogadores como Robert Jarni, ex-Real Madrid e Juventus, e Slaven Bilic, ex-técnico da seleção e com passagens pelo futebol inglês. 

A equipe ainda formou Igor Stimac, presente na Copa de 1998 e ex-West Ham, Igor Tudor, ex-Juventus, e Alen Boksic, parceiro de Davor Suker em 98 e ex-Lazio e Juventus. O goleiro Stipe Pletikosa, titular da seleção em três Copas, e Darijo Srna, capitão da Croácia e ídolo do Shakhtar também foram revelados em Split.

Mais recentemente, o lateral direito Josip Juranovic, um terror para o Brasil no último Mundial, e Nikola Vlasic, com passagens pelo Premier League e atualmente no Torino, surgiram no clube. No ano passado, o promissor zagueiro Luka Vuskovic, de apenas 16 anos, foi adquirido pelo Tottenham.

Um novo momento

Perisic e Brekalo no Estádio Poljud @Hajduk Split

Depois de nove anos sem sequer obter um vice-campeonato croata, o Hajduk Split cresceu de rendimento nas duas últimas temporadas. Apesar de ainda ficar longe do Dinamo de Zagreb, que venceu com boa margem os dois títulos, o time de Split mostrava maior solidez e ficou com o segundo posto em ambas as disputas.

Em 2023/24, o Hajduk esteve na liderança em 13 das 20 rodadas e tem no bom desempenho defensivo a sua grande marca. Até aqui, o time de Split sofreu apenas 12 gols em 20 confrontos, uma média de 0,6 gol sofrido/jogo.

Dos dois reforços de peso, apenas Josip Brekalo pode ajudar a equipe imediatamente. O ponta formado no rival Dinamo de Zagreb passou por com algum destaque pelo Wolfsburg e, nos últimos anos, ainda defendeu o Torino e a Fiorentina.

Já o ponta e ala direito Ivan Perisic não deve reestrear pela equipe nesta temporada. Com uma grave lesão no joelho sofrida quando atuava no Tottenham, o veterano não deve ter tempo hábil de ajudar dentro de campo. 



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