Stephen Gillett, Richard Cole e Alex Lawes adicionam um pouco de “Molho Ingls” para oGol. A coluna dedicada ao futebol ingls – seja no cenrio de clubes ou seleo. Do “Dog and Duck” a Wembley, de Gazza a Wazza, o Playmaker pretende trazer-lhe novos ngulos sobre as histrias que importam.
Como diz o ditado: “Uma semana é um longo tempo no futebol” – mas foram precisos apenas 111 minutos pulsantes contra o Chelsea na segunda-feira para mudar a dinâmica da temporada do Tottenham. Antes do jogo, a equipe de Ange Postecoglu sabia que três pontos em casa contra os Blues os catapultariam de volta ao topo da tabela. O impressionante início da campanha 2023/24 mostrava pouco sinal de enfraquecimento quando Dejan Kulusevski marcou, aos seis minutos.
No entanto, o que se seguiu foi um dos jogos mais malucos da recente história da Premier League e, quando o apito final soou em uma derrota por 4 a 1, o Tottenham, com nove jogadores, tinha perdido uma invencibilidade, três pontos, quatro jogadores-chave e uma dose incalculável de momento.
A quantidade absurda de pontos de discussão (houve nove verificações do VAR no total!) foi desconcertante, mas não há dúvida de que o Tottenham está em uma posição significativamente mais fraca após o caótico encontro de segunda-feira. Com jogos contra os concorrentes ‘Top Six’ Aston Villa e Newcastle chegando no próximo mês, sem mencionar um confronto contra os campeões Manchester City, os londrinos terão que lidar com suspensões de Romero (3 jogos) e Udogie (1), e, mais preocupante, lesões de médio prazo nos astros Micky Van de Ven e James Maddison.
A extensão do dano causado por uma noite cheia de contratempos depende muito da sua perspectiva. Pode ter sido apenas um jogo, mas muitos torcedores e especialistas foram rápidos em descartar o Tottenham pela evidente falta de profundidade de elenco. As redes sociais estavam repletas de declarações do tipo “O Chelsea quebrou o Tottenham!” – e é verdade que sentirão falta da centelha criativa de Maddison e da considerável presença de Van de Ven na defesa.
Além disso, o papel do treinador Postecoglu na derrota para o Chelsea tem recebido muitas críticas. A indisciplina mostrada por jogadores como Udogie e Romero foi vista como uma falha do técnico, e o carismático treinador greco-australiano também foi acusado de ingenuidade tática dada a linha defensiva kamikaze adotada, mesmo quando estavam com nove jogadores.
É justo dizer que o “Angeball” recebeu sua primeira dose de críticas pesadas, e será interessante ver se Postecoglu conseguirá manter o clima positivo no norte de Londres agora que as coisas ficaram um pouco mais difíceis.
O outro lado da moeda é que o Tottenham causou problemas consideráveis ao Chelsea mesmo com nove jogadores e poderia ter empatado o jogo em 2 a 2 se o gol tardio de Eric Dier não tivesse sido anulado, marginalmente impedido, ou se Son Heung-min ou Rodrigo Bentancur tivessem convertido boas chances que tiveram.
O Spurs pode não conseguir manter seu incrível início. No entanto, parece imprudente descartá-los após uma única derrota – especialmente uma tão completamente maluca como a que sofreram na noite de segunda-feira.
