No meio do caminho tinha uma pedra, mas não foi o fragmento de rocha que impediu Carlos Drummond de Andrade de seguir em frente que inviabilizou negócios de serem fechados no mercado de transferências. Desde testes físicos a uma pane no TI do West Ham, as frustrações tomaram conta de alguns clubes que já contavam com o ovo dentro da galinha.
Transferências “fechadas” não se concretizarem de última hora por testes físicos não é nenhuma novidade. O Atlético de Madrid, por exemplo, perdeu Moise Kean depois de não aprovar a condição do atacante da Juventus. Passar no teste físico e o negócio dar para trás, porém, é mais raro, mas foi o que aconteceu com outro jogador que deixaria a Itália: Stefano Sensi.
O meia da Internazionale já estava na Inglaterra, foi aprovado nos testes físicos do Leicester, a papelada estava pronta para ser assinada, mas os clubes tentaram rever os termos originais do acordo e então tudo colapsou. Sensi vai permanecer na Inter, onde é um reserva dos reservas, com pouco mais de 60 minutos jogados na temporada.
TI ou papelada?
O West Ham fechou o mercado de transferências como grande vilão, irritando o Real Betis, Lyon e os jogadores envolvidos. A situação esdrúxula ainda não possui versão oficial do lado do time londrino, mas duas teorias já se espalham.
No caso do negócio entre os Hammers e o Betis, os ingleses teriam alegado um problema de computação no envio da documentação de Pablo Fornals dentro do prazo exigido pela Fifa. O meia espanhol seria comprado por cerca de 8 milhões de euros, num movimento de reinvestimento do valor arrecadado com a venda de Luiz Henrique para o Botafogo.
“Estamos otimistas e esperamos que os problemas sejam resolvidos nos próximos dias”, declarou Ramón Alarcón, diretor de futebol do Betis sobre o problema de computação do West Ham, esperançoso de que um recurso na Fifa possa resolver o imbróglio.
O Lyon, por outro lado, publicou uma nota bastante insatisfeito com a forma que a transferência de Benrahma não se confirmou pela falta de documentos. Os franceses enfatizaram uma “profunda falta de respeito” da parte dos londrinos.
“Na ausência de uma ação recíproca do clube inglês e devido a este comportamento incompreensível, que levanta questionamentos, o certificado de transferência internacional não pôde ser solicitado dentro do prazo”, infrmou a nota do clube gerido por John Textor.
Apesar da nota de desagrado, o Lyon reforça, assim como o Betis, que tem a esperança de fechar o negócio com um recurso junto a Fifa.
