Nunca rebaixado na história do Campeonato Brasileiro, o Santos segue se esforçando (e muito) para manter escrita. Na noite desta quarta-feira, o Peixe encarou o Flamengo, no Mané Garrincha, e, com um jogador a mais por mais de 60 minutos, venceu, de virada, por 2 a 1.
Com o resultado, o time comandado por Marcelo Fernandes chega a 37 pontos, na 15ª colocação, e abre cinco do Goiás, que atualmente abre a zona da degola. Do outro lado, o Rubro-Negro, com 50 pontos, permanece fora do G4, agora na sexta posição.
Expulsão de Gerson marca primeira etapa
O Santos começou agressivo no Mané Garrincha e dificultou a vida do Flamengo, que, muito bem marcado, demorou para encaixar seu melhor jogo. Aos 11, Joaquim teve uma grande chance para abrir o placar, após cobrança de falta de Jean Lucas, mas cabeceou para fora.
Com o passar do tempo, porém, o Peixe baixou a intensidade e viu o Fla assumir o controle das ações. Até que aos 20, Arrascaeta cobrou escanteio da esquerda, Lucas Braga não conseguiu cortar e Pedro, livre na pequena área, completou para o fundo das redes.
Melhor no jogo, o time comandado por Tite chegou a flertar com o segundo gol, mas parou na trave. Aos 26, Ayrton Lucas recebeu na esquerda, carregou para o meio e soltou uma bomba de longe, carimbando o travessão.
O cenário adverso não abateu Alvinegro Praiano, que se arriscou no ataque e buscou o empate. Aos 32, Soteldo cobrou falta na área do Fla, Luiz Araújo afastou mal e a bola se ofereceu para Nonato, que bateu cruzado e estufou as redes do Mané Garrincha: 1 a 1.
Não bastasse o gol de empate, o Flamengo recebeu um novo prejuízo ainda antes do intervalo. Após recomendação do VAR, o árbitro reviu uma cotovelada de Gerson em Furch e expulsou o meio-campista rubro-negro.
Com herói improvável, Peixe arranca virada no fim
Na volta do intervalo, como era de se esperar, o Santos, tirando proveito da vantagem numérica, ocupou o campo de ataque e complicou a vida rubro-negra. Logo aos cinco, Furch girou bonito na área, mas Rossi caiu para fazer a defesa.
Sem ter o controle do meio campo e com problemas para construir as jogadas, time mandou a campo Rodrigo Caio, improvisado como volante, e buscou melhorar a fluidez do jogo rubro-negro. Não funcionou.
Muito espaçado e sem conseguir acionar seus homens de frente, o Rubro-Negro foi neutralizando o Santos, que, mesmo com um jogador a mais, encontrou muita dificuldade para encontrar espaços na área adversária.
Até que aos 43, surgiu a figura de um herói improvável no Mané Garrincha. Com liberdade para pisar no ataque, o zagueirão Joaquim carregou a bola pelo meio, armou para o chute de direita e, de muito longe, mandou um balaço, sem chances para Rossi.
Na sequência, o Flamengo ainda perdeu mais um jogador expulso. Após falta cometida sobre Soteldo na linha de fundo, Bruno Henrique recebeu amarelo, reclamou acintosamente com a arbitragem e levou o vermelho.
