Já na madrugada de sábado para domingo começa o tão aguardado Mundial de Clubes, um evento que, pela sua grandeza, tem sido muito discutido.
32 equipes, de todas as Confederações da FIFA, participarão do torneio não apenas com o objetivo de conquistar mais um troféu, mas também visando o generoso prêmio final. De fato, essa competição levou alguns clubes a investir pesadamente em reforços.
Vamos aos detalhes. O prêmio total que será distribuído pela Fifa às equipes participantes está fixado em cerca de 900 milhões de euros (equivalente a cerca de R$5,7 bilhões), divididos entre cerca de 460 milhões de euros por participação no torneio e outros 440 milhões de euros distribuídos de acordo com o desempenho esportivo de cada equipe no evento.
Quanto aos valores de participação dos clubes no torneio, eles variam conforme a Confederação à qual pertencem. Os clubes da Oceania (Auckland City é o único participante) recebem 3,135 milhões de euros, os da África, Ásia e América do Norte cerca de 8,363 milhões de euros e os da América do Sul 13,32 milhões de euros.
Por fim, os 12 clubes europeus são os que receberão a maior parte deste montante. Eles foram classificados em um ranking que leva em conta critérios comerciais e esportivos, como denominado pela Fifa, que se baseia na fama e sucesso esportivo de cada clube, e receberão entre 11,218 milhões de euros (para o pior classificado – o austríaco RB Salzburg) e 33,445 milhões (para o melhor classificado – o Manchester City).
No entanto, é importante notar que esse valor não será dividido entre os clubes europeus de maneira exponencial ou proporcional, portanto, não é exatamente conhecido quanto as equipes classificadas entre o 2º e o 11º lugar receberão.
Como se pode ver por esses valores, a distribuição de participação não é, de forma alguma, equitativa. Para que tenha uma ideia, caro leitor, os clubes europeus receberão cerca de 58% do valor inicial referente à participação, estimando-se que esse valor possa chegar a 70%, dependendo do desempenho esportivo desses no evento.
Além dos prêmios atribuídos às equipes participantes, a Fifa estabeleceu um fundo de solidariedade de 250 milhões de dólares (cerca de 231 milhões de euros) para apoiar clubes que não competem no torneio, promovendo o desenvolvimento do futebol de clubes em todo o mundo. Contudo, nada se compara com os valores de participação neste evento.
Vencedor tem direito a bolada
Após os valores de participação, vêm os valores associados à vertente esportiva, que dependerão apenas do sucesso (ou fracasso) dos clubes envolvidos no evento. Começando pela fase de grupos, onde cada equipe jogará três partidas, cada uma receberá cerca de 1,751 milhões de euros por vitória e 875 mil euros por empate.A partir daí, os prêmios aumentarão.
A qualificação para as oitavas de final vale cerca de 6,5 milhões de euros, a qualificação para as quartas vale algo em torno de 11,5 milhões e a qualificação para as semifinais vale cerca de 18,4 milhões de euros.
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Por fim, mas certamente não menos importante, cada finalista receberá cerca de 26,27 milhões de euros, sendo que o grande vencedor do torneio levará para casa mais 35 milhões de euros.
Feitas as contas, se um clube fizer a participação perfeita no torneio, vencendo todos os jogos da fase de grupos, levará um total de 103 milhões de euros! A isso se soma o tal valor referente à sua participação, o que significa que se o vencedor for uma das equipes europeias do topo do referido ranking feito pela Fifa, poderá arrecadar quase 140 milhões de euros no evento.
E o vencedor for um brasileiro ou sul-americano, o prêmio pode chegar a 102 milhões de dólares, ou R$ 568 milhões.
Em comparação, olhando apenas para a vertente esportiva – à qual é necessário adicionar o pilar de valor, referente aos valores dos direitos televisivos e do coeficiente de cada clube -, o PSG, vencedor da Liga dos Campeões desta temporada, arrecadou "apenas" 83,12 milhões de euros (de possíveis 90,82 milhões, caso tivesse vencido todos os jogos da fase de liga) pela sua participação na Prova Milionária.
Uma coisa é certa: incentivos não faltarão para que os clubes queiram ter um grande Mundial de Clubes…
