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Portugal, Costa do Marfim e o inevitável desnível técnico na Copa de 2026



Aqui o assunto o futebol de selees. Seja na bola alada na rea, ou no chute direto para o gol, o objetivo no ter fronteiras.

A Copa do Mundo de 2026 será a maior da história, com um total de 104 jogos. Do ponto de vista da exposição, a Fifa vai atender o seu propósito. Já em competitividade, o Mundial pode ficar marcado pela disparidade entre as seleções. Na última semana, Portugal e Costa do Marfim demonstraram justamente isso.

O aumento de 50% no número de participantes, de 32 para 48, será distribuído para todos os continentes da seguinte maneira:

  • Ásia: 8 (+4 vagas em relação à 2022)

  • África: 9 (+4 vagas)

  • América Central, do Norte e Caribe: 6 (+3 vagas)

  • América do Sul: 6 (+2 vagas)

  • Europa: 16 (+3 vagas)

  • Oceania: 1 (não tinha vaga garantida)

Pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2024, Portugal fechou sua participação no Grupo J com 100% de aproveitamento. Para somar 30 pontos em 30 possíveis, os lusos comandados por Roberto Martínez despacharam seleções como a Eslováquia, Luxemburgo, Islândia, Bósnia-Herzegovina e Liechtenstein.

Os eslovacos, que não disputam um Mundial desde 2010, se classificaram à Euro com 22 pontos, enquanto islandeses somaram apenas dez e os bósnios nove. Uma seleção esteve na Copa de 2014 e outra em 2018.

Com desempenho inédito, os portugueses tiveram o melhor ataque de uma fase de classificação em sua história, seja entre Eliminatórias para a Euro ou Copa, e também a melhor defesa. Martínez já havia obtido o feito em 2020, à frente da Bélgica.

Outras seleções que garantiram vaga para a Eurocopa foram seleções como a Áustria, Hungria, Romênia e Escócia, que nunca disputaram uma Copa neste século, bem como República Tcheca, que tem um Mundial no currículo, e Albânia e Finlândia, que nunca entraram na disputa.

Destas seleções, apenas duas passariam a “nota de corte” para um Mundial com 32 seleções utilizando como base o ranking da Fifa: a Áustria é a 25ª colocada e é seguida pela Hungria, a 30ª na lista. 

Nona colocada no ranking, a tetracampeã Itália ficou de fora das últimas duas Copas e o aumento de 13 para 16 seleções do continente é uma forma artificial de evitar que potências não fiquem de fora da disputa.

Outro feito que chamou a atenção nesta semana teve a seleção da Costa do Marfim como expoente. Jogando em casa, os marfinenses aplicaram a maior goleada da história das Eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo.

Diante da frágil seleção de Seychelles, Karim Konaté foi destaque com dois gols e duas assistências e o placar de 9 a 0 não deixou dúvidas que a Costa do Marfim não teve piedade do adversário.

Para a Copa do Mundo de 2026, de sede tripla, são 45 vagas em jogo, já que os anfitriões Canadá, México e Estados Unidos têm presença assegurada. O salto de jogos será de 64 para 104 e o calendário, já naturalmente apertado, será ainda mais complicado.

Do evento que se estabeleceu no formato com 16 seleções, em 1954, e chegou às 32 seleções, em 1998, o lado esportivo parece cada vez mais de lado. Mais jogos e mais arrecadação, em detrimento da competição e da qualidade do jogo.



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