A Amrica do Norte a terra do Donuts, do Maple Syrup, do Poutine, de calor e frio extremo. Do basquete da NBA, do hockey da NHL, do baseball da MLB. E tambm a terra do soccer.
Lionel Messi continua a causar grande impacto na Major League Soccer. E não apenas esportivo. A presença de La Pulga em campo é a certeza de lotação máxima nos estádios que o Inter Miami visita. No fim de semana, o Arrowhead Stadium, palco tradicional do futebol americano, recebeu um público até então inédito para o futebol.
No duelo entre Inter Miami x Sporting Kansas City, 72,610 pessoas estiveram no estádio para assistir de perto o craque argentino. Foi o maior público da história do estádio para um jogo de futebol e também de todo Missouri. Antes, o maior público no soccer fora em amistoso contra o Manchester United, em julho de 2010, com 52,424 pessoas presentes.
Geralmente, o Sporting Kansas City manda seus jogos no Children’s Mercy Park, que tem capacidade para 25 mil pessoas, capacidade média de um estádio de MLS. Mas a presença de Messi fez o clube pedir “licença” para os campeões do Super Bowl, os Kansas City Chiefs, e dar mais visibilidade ao soccer. Messi respondeu com um golaço e uma assistência na vitória do Inter Miami, por 3 a 2.
Até hoje, o maior público da história da MLS foi no El Tráfico de 04 de julho do ano passado, no lendário Rose Bowl, também palco do futebol da bola oval, no qual o Galaxy venceu o Los Angeles F.C por 2 a 1. 82,110 pessoas marcaram presença. Ainda figuram no top 4 os 74,479 do Bank of America em março de 2022, na partida inaugural do Charlotte em casa (derrota para o Galaxy por 1 a 0); e os 73,019 no Mercedes-Benz Stadium em 2018 que festejaram a MLS Cup do Atlanta contra o Portland.
Já em 2023, em sua temporada inaugural na MLS, Messi representou um aumento de mais de 400% no preço dos ingressos na MLS em jogos envolvendo o Inter Miami. Ingresso mais caro, mas sempre com casa cheia…
Em 2024, a presença de La Pulga segue exigindo estádios padrão NFL. Quando não, a lotação máxima é sempre atingida (como foi contra Galaxy, D.C United e NY Red Bulls). Só com Messi em campo, os três times citados tiveram lotação máxima. Mesmo com um estádio com capacidade para 20 mil pessoas, o D.C só teve casa cheia contra o Inter Miami – e Messi nem em campo esteve. Os ingressos acabaram com antecedência, sem a certeza da presença, ou não, do argentino.
Um movimento similar aconteceu décadas atrás. Pelé levou mais de 70 mil pessoas ao Giants Stadium para ver o Cosmos. Johan Cruyff ainda conseguiu manter o sucesso da NASL no fim da década de 1970, mas logo a liga entrou em decadência, muito por conta da recessão nos EUA no início dos anos 1980, e o soccer passaria décadas no anonimato. Messi é a cereja do bolo de um projeto que recoloca os holofotes no esporte na América do Norte. Dessa vez, com a promessa de uma liga que vingue, de uma vez por todas, mesmo em um soccer pós Messi.