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Novo ano, velho hábito: United prepara barca com dezena de jogadores para próximas janelas



A proximidade do mercado de transferências revive o que já se tornou um hábito no Manchester United: debater a barca de saídas para projetar um time à altura das ambições do clube. Sexto colocado da Premier League, o United convive com atletas em fim de contrato, afastados, emprestados e em margem final para lucro. Todos eles terão o futuro avaliado nos próximos dois mercados de transferência: janeiro e julho.

Os dois nomes que encabeçam a barca dos Red Devils para 2024 são Jadon SanchoDonny van de Beek. A situação da dupla não é de difícil compreensão: Sancho está afastado desde agosto, após se desentender com o técnico Erik ten Hag; enquanto o meia holandês, que nunca se firmou no clube, jogou ainda menos que Sancho, mesmo sem nunca ter sido afastado. Van de Beek está longe de ser prioridade, sequer compõe a lista da Liga dos Campeões e só entrou em campo por 21 minutos nesta temporada.

Para a dupla, a expectativa do Manchester United é conseguir um desfecho positivo já em janeiro. Sancho representou um grande investimento (85 milhões de euros), que sequer é cogitado reavê-lo. Um empréstimo também é visto com bons olhos, num cenário em que o jogador é monitorado por Juventus, Dortmund e pelo mercado da Arábia Saudita. Já van de Beek tem mais dificuldade em encontrar interessados, visto o pouco tempo de jogo acumulado nos últimos anos. O Galatasaray é o único clube que sinalizou por um avanço.

Jogadores em fim de contrato

Cinco jogadores com contrato apenas até o fim da temporada dificilmente vão renovar com o United. Os experientes Tom Heaton, de 37 anos, e Jonny Evans, de 35, têm vínculos que vencem em junho e sem opção automática para renovação. Heaton, goleiro reserva, ainda não foi utilizado nesta temporada e só foi contratado pelo desejo de Dean Henderson, emprestado, ganhar mais minutos longe de Old Trafford. Evans, por sua vez, chegou como emergência pela falta de zagueiros no time, tem jogado, mas apenas pela carência no setor.

Ainda entre os jogadores em fim de contrato existem Brandon Williams, lateral esquerdo de 23 anos, formado no clube e que está cedido ao Ipswich; e Álvaro Fernández, espanhol que também é lateral esquerdo e está cedido ao Granada. Ambos têm cláusulas que permitem a extensão contratual, algo no entanto considerado apenas a partir do modelo de negócio utilizado pelo clube no passado com Tahith Chong. O atacante holandês teve contrato renovado para ser vendido na sequência, evitando uma saída sem lucros para o clube.

O caso mais específico entre todos esses é o de Anthony Martial. O francês jogou 15 jogos nessa temporada, 11 deles como reserva, e marcou apenas um gol. O United tem opção de extender seu contrato por mais um ano, mas a avaliação interna é se o negócio valeria a pena visando uma venda futura. Martial tem 27 anos, esteve cedido ao Sevilla no ano passado, e também não convenceu.

Abertura de vagas

Um dos argumentos das barcas do Manchester United, além do dinheiro para fazer novos negócios, é a abertura de espaço no time. O elenco atual dos Red Devils conta com 32 jogadores, cinco deles são zagueiros, mas nenhum parece inspirar grande confiança.

À parte de Evans, que deve mesmo sair, outro nome deve acompanhá-lo. Uma das prioridades do United é reforçar a zaga e, para isso, vê como importante negociar outro zagueiro. Maguire até pouco tempo era o alvo mais provável, mas recuperou seu espaço no time. O titular Lindelof é outro com o mesmo contexto, mas entre os defensores é quem tem contrato mais curto com o clube. Ironicamente, Varane e Lisandro Martínez, ambos atualmente reserva, são os menos ameaçados.

Lucro antes que seja tarde

Três nomes se encaixam nesse critério, Casemiro, Eriksen e Mason Greenwood são tratados como negociáveis dentro de Old Trafford. Cada um é um caso particular.

Greenwood está cedido ao Getafe, após um ano e meio afastado em meio a investigações sobre violência doméstica. O atacante sabe que não tem futuro no clube. Jovem, de 22 anos, com passagem pela seleção inglesa e um bom início na espanha (três gols e três assistências em 10 jogos), Greenwood está valorizado e o United considera que corre contra o relógio para vendê-lo: uma renovação está fora de causa e seu contrato acaba em junho de 2025.

Casemiro, por sua vez, chegou ao Manchester United na temporada passada e rapidamente conquistou os ingleses. O jogador mostrou uma versão participativa ofensivamente, maior do que em qualquer temporada pelo Real Madrid, com sete gols e seis assistências, mas nasta temporada já sofre questionamentos – não por acaso o clube trouxe Amrabat e McTominay, antes na porta de saída, voltou a conquistar seu espaço.

Eriksen, por fim, tem mais um ano e meio de contrato e também não tem o mesmo impacto que na última temporada. O dinamarquês tem 31 anos e, por isso, há uma avaliação interna sobre sua continuação ou não no clube.



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