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Messi, Zidane e uma reflexão sobre o camisa 10 no futebol moderno



Lionel Messi e Zinedine Zidane nunca jogaram juntos. Já jogaram contra. Nunca juntos. Um veste a 10. Outro vestiu a 5, mas era um 10 clássico, de alma. Ambos se sentaram juntos para refletir sobre a posição, que mudou com o passar do tempo, e perdeu um pouco da magia, segundo ambos, no futebol moderno. 

Em uma campanha da Adidas, os craques conversaram sobre a importância do 10 no futebol. Historicamente. Na atualidade. Relembrar seus ídolos de infância. Nomes de outros craques começaram a surgir na resenha.  

“Para os argentinos, a camisa 10 é um número muito especial. Falo do 10 e, automaticamente, vem Maradona à cabeça. Crescemos, desde pequeno, querendo ser como ele. Ninguém chegou a ser como ele, mas o desejo era sempre esse: tentar copiar o que fazia Maradona, que era o 10 e o jogador que a gente admirava”, começou por dizer Leo. 

O ídolo de infância de Zidane é outro sul-americano: Enzo Francescoli, uruguaio que brilhou na década de 1980 com a camisa do Marseille e foi ídolo, também, no River Plate. Zidane, inclusive, colocou o nome de um dos seus filhos de Enzo para homenagear o uruguaio. Enzo Zidane a quem Messi já enfrentou quando defendia o Barcelona.

“Quando o vi, disse que queria ser igual a ele. Porque era muito elegante, a forma como controlava a bola. Isso não se vê muito”, começou por elogiar Zizou. 

“Na França, não havia muitos estrangeiros. Quando vi Enzo, já sabia que era outro tipo de futebol, diferente. Fazia coisas com a bola, parecia um mágico… Eu queria fazer o mesmo”, completou. 

Ambos recordaram que a camisa 10 sempre foi especial. Mesmo Zidane, que vestiu a 5. Mas algo mudou. “Hoje, não é tão importante como antes. O 10 hoje mudou, a posição mudou. Se joga em 4-3-3, 4-4-2…”, refletiu primeiro Zidane, logo seguido por Messi. 

“O 10 nosso, característico argentino, Riquelme, Aimar, há poucos. Ou não há. Se perdeu muito…”, disse La Pulga, antes de concluir de forma mais incisiva. 

“O futebol mudou muito, a maneira de jogar, os sistemas, onde já, desde cedo, começam a jogar em 4-3-3, usam muito a linha de 3 ou de 5. Então o número 10, que era muito característico, não entra nesse sistema. Dessa maneira, se perdeu a formação desse jogador”, opinou.

Ainda assim, ambos ainda acreditam na magia do 10. Por mais que, hoje em dia, ele esteja em extinção. 

“O que um 10 tem que ter é um pouco de mágica, como tu. É o líder da equipe, que tem que criar. É o que você tem, ver antes de todos. Eu era um segundo. Você, via três antes dos outros. Isso, para mim, é a diferença”, disse Zidane, se referindo a Messi. 

Conversa vai, conversa vem, Messi revelou, ainda, que sentiu a falta de vestir a camisa 10 em Paris. Na época, o número já era vestido por Neymar no PSG. 

“Quando eu cheguei em Paris, não havia a camisa 10. Eu estava acostumado com ela, de muitos anos. Foi um pouco estranho não ter ele no começo, mas depois fui me acostumando”, confessou. 

Confira o papo na íntegra:  

 



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