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Mac Allister, Rodri e os gênios silenciosos



Na era das redes sociais, onde todo mundo faz de tudo para aparecer, é notável observar o sucesso de dois jogadores: Alexis Mac Allister e Rodri. Como gênios silenciosos, os meias são protagonistas na Premier League, mesmo que passem despercebidos muitas vezes por certos olhares. 

Na última temporada, no prêmio de melhor jogador do mundo, quando Messi, Mbappé e Haaland, três atacantes, compartilharam os holofotes, a figura de Rodri fora pouco valorizada. Até Kevin De Bruyne, lesionado boa parte da temporada, recebeu mais menções. Mas se você olhar para a essência do Manchester City, de Pep Guardiola, é impossível não considerar Rodri o protagonista.

Rodri é um pouco o que Busquets foi para o Barcelona do Pep. Só que carregando valências de Xavi e Iniesta. É cérebro e músculo. É um volante box to box sem o ser. Não é sempre que avança ao último terço. Mas quando avança, quase sempre é decisivo. Quando sobra uma bola na entrada da área para ele finalizar…

Quando pisa na área, é para decidir. Quando quebra as linhas no último terço, é para deixar alguém na cara do gol. Não o faz com mais frequência porque existem os Fodens, Bernardos, Kevins… Rodri sabe que o mais importante é cumprir sua função. Está aí, talvez, o segredo de sua genialidade. Sabe que ele é o coração do time e se não cumprir bem o papel a ele dado, um papel digno de Oscar de melhor coadjuvante, a máquina não funciona.

Mac Allister fundamental para novo Liverpool de Klopp

O mesmo pode ser dito de Alexis Mac Allister. O campeão do mundo com a Argentina tampouco foi colocado entre os protagonistas das últimas temporadas. Pudera, estava no Brighton. No Liverpool, também, vê o protagonismo ser colocado nas costas de Mohamed Salah. Mas a cada jogo mostra sua importância. 

O jogo dos Reds avança no ritmo de Mac Allister. Não é mais aquele Liverpool Heavy Metal de Klopp. É um Liverpool, por vezes, mais poético. As rimas são construídas em espanhol, com sotaque argentino. A sinfonia é regida pelo maestro Mac Allister, camisa 10 visceral. 

Para os craques que sabem muito bem as vantagens de ser invisíveis, um alento: o futebol ainda tem espaço para eles. Se quem não marca gols ou dá assistências não é notado, pois que façamos gols e sejamos garçons. Rodri soma 18 participações em gol na temporada (oito gols e dez assistências). É o número mais alto da carreira. Mac Allister 13 (seis e sete). Está a dois de sua melhor temporada, com muita água para passar por debaixo dessa ponte. 

Qualquer que seja a sua definição de protagonista, qualquer que seja o desfecho dessa luta hollywoodiana pelo título da Premier League, os nomes de Alexis Mac Allister e Rodri terão de aparecer nos créditos. Obrigatoriamente. Não que isso importe para eles. Na justiça dos Deuses do Futebol, eles serão sempre os gênios silenciosos. 



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