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Intruso na final Carioca, Nova Iguaçu tenta encerrar hegemonia de 58 anos



É o Nova Iguaçu ou a Holanda? A comparação, em tom jocoso, tem ganhado força a cada boa exibição do time da Baixada Fluminense, vergando seu tradicional manto laranja. Neste domingo, o modesto time fluminense encerrou uma sequência de 18 anos de finais entre os grandes do estado ao eliminar o Vasco da Gama. E quer seguir fazendo história.

A sequência de finais entre Flamengo e Fluminense, maiores potências cariocas dos últimos anos, teria de ser desfeita de qualquer maneira nas semifinais. Quem levou a melhor foi o Rubro-Negro. Comandado por Tite, o milionário time da Gávea se tornou ainda mais favorito a levantar o troféu depois de derrubar o campeão da América, atual bicampeão carioca.

O Nova Iguaçu é a única barreira no caminho do Flamengo. Com orçamento modesto e sem grande tradição no estado, o time vem sendo a sensação deste Carioca e já foi tema aqui, em oGol. Apesar do papel inegável de azarão na final, a equipe comandada por Carlos Vitor deixou o Botafogo para trás na primeira fase antes de despachar o Vasco.

Chegar na final já é um feito histórico. A última vez que a fase contou com um intruso foi em 2006, com o Madureira. O azarão da época foi amassado pelo Botafogo com placar agregado de 5 a 1.

Vencer a final seria uma proeza hercúlea, considerando a disparidade de forças e a história do Carioca. A última vez que o título do estado ficou nas mãos de um intruso foi em 1966, com o Bangu. O rival no jogo do título (que não era uma final) foi justamente o Flamengo, em um jogo que na verdade nunca acabou, por conta de briga generalizada.

O novo Carrossel da Baixada

No comando da sensação do Carioca temos Carlos Vitor. Uma “cria da casa”, com longa história no comando do Nova Iguaçu, e que também não escapou dos apelidos – Caldiola, Caldiniz… Uma figura querida no clube, que construiu sua carreira passo a passo, desde a base, até o seu momento de maior reconhecimento com a final carioca.

O Nova Iguaçu tem apenas duas derrotas neste início de temporada. E as duas para potências com investimentos muito superiores. Fluminense, no Carioca, e Internacional, na Copa do Brasil. Dois clubes que entram no Brasileirão com elenco e ambição para disputarem as primeiras posições. O time ainda arrancou empates com Flamengo e Botafogo. Contra o Vasco, foram três duelos, com um empate e duas vitórias.

No Carrossel da Baixada de Caldiola brilham jogadores formados em grandes do Brasil. Bill, autor do gol da vitória sobre o Vasco neste domingo, passou pela base do Nova Iguaçu, mas foi revelado pelo Flamengo e chegou a atuar na Ucrânia. O atacante faz sua melhor temporada agora, com seis gols e cinco assistências, depois de ter rodagem maior do que a desejada para um atleta de 24 anos.

O artilheiro do Nova Iguaçu é Carlinhos, mais experiente, de 27 anos. O atleta é Cria do Terrão, destaque na base do Corinthians, onde nunca se firmou. Assim como Bill, vive sua melhor temporada, com nove gols e uma assistência. Disputa o topo da artilharia do Carioca com Pedro, do rival Flamengo.

Como é comum nos estaduais, o grupo que faz história dificilmente terá vida longa. O Nova Iguaçu sequer tinha calendário nacional garantido – conquistou o direito a disputar mais uma vez a Série D – e deve ter dificuldade para manter todos os seus destaques. A final com o Flamengo pode decretar a despedida precoce desta formação.



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