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Ídolo ou flop? Marcos Leonardo desafia extremos de atacantes brasileiros no Benfica



Jonas e Gabigol. Dois atacantes ex-Santos no Benfica ajudam a exemplificar o tamanho do desafio que aguarda Marcos Leonardo, a mais nova contratação dos Encarnados. Quando goleadores brasileiros vestem a camisa do clube, o resultado final não costuma ter meio termo: é um caminho direto para a idolatria ou um retumbante fracasso.

O Benfica tem uma história de grande proximidade com brasileiros, talvez o grande exemplo seja o ex-zagueiro Luisão, segundo jogador com mais partidas pelo clube e uma galeria de troféus invejável: seis campeonatos portugueses e mais 14 títulos de taças diversas. São mais de 100 brasileiros que já jogaram pelo Benfica ao longo da história, 30 deles atacantes.

Os ídolos

Segundo maior artilheiro do Banfica no Século XXI, e 13º maior em toda história, Jonas chegou ao Benfica com 31 anos, após quatro anos regulares pelo Valencia, na Espanha. Em cinco temporadas no futebol português, Jonas marcou 137 gols, foi tetracampeão nacional, duas vezes artilheiro e duas vezes eleito craque do campeonato, uma passagem irremediável, que o coloca no panteão de ídolos das Águias.

Assim como Jonas, existem outros exemplos de sucesso. Lima, curiosamente outro jogador com passagem pelo Santos, jogou pelo Benfica por três temporadas, em que ficou marcado além dos gols (70) pela grande entrega em campo – o atacante foi artilheiro da Liga Portuguesa logo em seu primeiro ano no clube.

De outra época, quando o futebol ainda não era tão globalizado assim, Isaías foi o primeiro atacante brasileiro de sucesso no Benfica, um legítimo ídolo. O ex-atacante, hoje com 60 anos, jogou nas Águias no início dos anos 90. Isaías não era um centroavante de ofício, mas ficou conhecido por seus gols (71) e pela parceria de sucesso com outros nomes importantes da época, como João Pinto.

As decepções

Apesar dos exemplos de sucesso do passado, o primeiro alerta ligado no Brasil e em Portugal com a transferência de Marcos Leonardo foi: e se ele for um novo Gabigol? O ídolo do Flamengo deixou o Santos como uma das grandes promessas do futebol brasileiro, mais jovem do que o próprio Marcos Leonardo, ainda com 19 anos, e com números bastante similares – 56 gols para Gabriel e 54 para ML.

Gabi, como é sabido, foi uma das grandes decepções do Benfica nos últimos anos. O atacante pouco jogou, chegou por empréstimo da Internazionale, entrou em campo cinco vezes, e marcou apenas um gol. A saída foi conturbada justamente pela falta de oportunidades, num contexto em que chegou no meio da temporada em busca de mais minutagem, o que não teve na Inter, mas não conseguiu vencer a concorrência por uma vaga no ataque.

Além de Gabi, a lista de decepções recentes do Benfica com atacantes brasileiros não é pequena. À nível de expectativa, nomes como Keirrison, Alan Kardec, Victor Andrade e Arthur Cabral (atualmente no elenco) chegaram e não corresponderam.

Keirrison teve uma passagem similar à de Gabi, por empréstimo, cedido pelo Barcelona, jogou só sete vezes e não marcou gol; Victor Andrade, ex-Menino da Vila, jogou só cinco vezes e nunca voltou a ter oportunidade em uma equipe deste patamar; Kardec foi quem mais jogou entre todos esses, 44 jogos, grande parte deles como reserva, com nove gols; Cabral ainda vai escrevendo sua história, mas os quatro gols e uma relação turbulenta com a torcida ainda não justificaram os 20 milhões de euros investidos.

Em um passado mais distante, nomes importantes para o futebol brasileiro, como Paulo Nunes, Edílson Capetinha e Valdir Bigode, também passaram pelo Benfica sem grande sucesso. Na década de 90 o futebol brasileiro ainda oferecia grande competitividade a nível financeiro com Portugal e conseguiu repatriar esses atletas, que voltaram a fazer sucesso por onde passaram.

Entre tantos casos de sucesso e insucesso, um raro exemplo de quem ficou no meio do caminho é de Carlos Vinícius. Hoje no Tottenham, o atacante foi artilheiro do Campeonato Português na primeira temporada pelo Benfica, mas acabou prematuramente negociado e não teve tempo para estabelecer uma relação sólida com os torcedores em Portugal. Agora, resta saber para que lado vai pender a balança de Marcos Leonardo.



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