0

Hodgson e o fim cruel para uma longa carreira no futebol



Stephen Gillett, Richard Cole e Alex Lawes adicionam um pouco de “Molho Ingls” para oGol. A coluna dedicada ao futebol ingls – seja no cenrio de clubes ou seleo. Do “Dog and Duck” a Wembley, de Gazza a Wazza, o Playmaker pretende trazer-lhe novos ngulos sobre as histrias que importam.

Esta semana foi de desfecho agridoce para Roy Hodgson no Crystal Palace e, muito provavelmente, para a carreira do técnico veterano. Hodgson deve se afastar do cargo por doença, após as expectativas de que seria demitido devido às péssimas atuações da equipe nesta temporada.

O Palace está cada vez mais próximo da zona de rebaixamento e a semana foi agitada no Selhurst Park. Hodgson “comemorou” seu 200º jogo como técnico do Crystal Palace na segunda-feira (12) em derrota por 3 a 1, em meio a insatisfação dos torcedores. Essa derrota foi a quarta do Palace em cinco jogos, com as Águias tendo vencido apenas três de seus últimos 19 compromissos em todas as competições: 11 terminaram em derrota.

A derrota para o Chelsea parecia ser o fim da linha para a segunda passagem de Hodgson no clube, com a notícia do possível acerto com o treinador alemão Oliver Glasner, o homem que levou o Eintracht Frankfurt à Liga Europa 2021/22.

Assim que mais notícias sobre Glasner surgiram, também foi divulgado que Hodgson sentiu uma indisposição durante o treinamento, com a coletiva de imprensa do dia cancelada. Naturalmente, houve muita preocupação com a saúde do técnico de 76 anos, que está estável e passou por exames no hospital.

Os auxiliares Ray Lewington e Paddy McCarthy devem assumir o comando de mais um grande jogo na próxima segunda-feira (19), quando as Águias vão a Merseyside enfrentar o também ameaçado Everton em Goodison Park. Qualquer resultado, que não seja extremamente positivo, provavelmente verá uma mudança de comando, esteja Hodgson presente ou não.

Seria um final anticlimático para o tempo de Roy Hodgson no Palace e, potencialmente, para sua carreira como treinador. A nomeação do ex-técnico da Inglaterra para substituir Patrick Vieira no final da última temporada serviu para estabilizar o navio. O Palace teve 10 jogos sob seu comando na temporada 2022/23, vencendo cinco, empatando três e perdendo dois.

As Águias acabaram terminando em um respeitável 11º lugar depois de terem ultrapassado um momento de queda livre, enquanto Eberechi Eze e Michael Olise pareciam mostrar que havia um elenco potencialmente empolgante do Palace reservado para esta temporada.

Hodgson teve azar com a condição física da dupla nos últimos meses. Eze marcou dois gols na vitória do Palace por 3 a 2 sobre o Sheffield United, mas não jogou em fevereiro, enquanto Olise ficou de fora durante o mês janeiro e tornou a se lesionar com 11 minutos em campo na aparição como substituto contra o rival Brighton & Hove Albion, com as Águias já perdendo por 3 a 0 no intervalo.

Para muitos torcedores do Palace, a lesão de Olise é a gota d’água – especialmente vindo logo após uma das piores exibições da temporada contra o Arsenal em uma derrota por 5 a 0 no Emirates. A situação de Olise parece ser uma crítica particularmente severa a Hodgson, e a culpa deve ser direcionada para o alto escalão do clube  – algo para o qual as faixas dos torcedores do Palace têm apontado. As performances têm sido ruins, mas a maior parte da culpa deve recair sobre eles. Inclusive John Textor, presidente do Botafogo, e um dos sócios do Palace.

A diretoria do Crystal Palace teve todo o verão para encontrar um substituto adequado para Hodgson, que sempre foi destinado a ser apenas uma solução temporária. Seu retorno no final da última temporada parecia ser uma despedida calorosa, que agora foi manchada, já que o septuagenário foi forçado a continuar e ser um cobertor curto demais para cobrir toda a temporada.

Enquanto isso, o provável substituto de Hodgson estava livre no verão passado para aceitar qualquer oferta de emprego. Ele teria tido tempo para montar sua própria equipe em vez de ser convocado para o que inicialmente seria um trabalho de combate a incêndios para evitar que as coisas piorassem no Selhurst Park.

Independentemente do que se possa pensar do trabalho de Hodgson nesta temporada pelo Palace, ele nunca deveria ter estado nesta posição e foi ridiculamente exposto pela diretoria do clube. Hodgson é, como diz o clichê, um “homem verdadeiramente do futebol” que merecia um final muito melhor para sua longa e bem-sucedida carreira.

*Texto escrito por Richard Cole



Peneirabrasil

Somos uma Site Especializado na Divulgação de Peneiras de Futebol.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *