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Galo busca o penta, Cruzeiro tenta encerrar pior jejum desde 77: Arranca o Mineiro



O último dos estaduais que envolve clubes do Brasileirão, enfim, vai começar. O Campeonato Mineiro arranca nesta quarta-feira (24) com um Atlético em busca do segundo penta de sua história; com o Cruzeiro sedento pelo fim de uma seca não vista desde 1977; e de um recém-rebaixado América, mas que conta com o retorno de um ídolo para redirecionar os caminhos em 2024.

Franco favorito ao título, o Atlético Mineiro não só foi campeão nos últimos quatro anos, como também viu os rivais em grande dificuldade até mesmo de alcançar a decisão. Em 2023, foi o chaveamento que impediu o Cruzeiro, derrotado na semifinal pelo América; em 2022, foi a vez do Coelho decepcionar, sequer chegando no mata-mata; em 2021 o Cruzeiro caiu mais uma vez para o América; enquanto em 2020 nenhum dos dois foi finalista, com o Galo campeão sobre o Tombense.

Além do histórico das últimos anos, o que dá ao Atlético o favoritismo no mineiro é o desempenho na última temporada. Terceiro colocado no Brasileirão, o time encerrou o ano em alta, como melhor time do segundo turno e que brigou até as últimas rodadas pelo título.

Diferente dos rivais, o Atlético não vem em reformulação, mas numa manutenção constante do elenco, apesar de sempre haver mudanças no comando entre esses anos. A única contratação já anunciada pelo Atlético é a de Gustavo Scarpa. Além disso, o time não perdeu nenhuma peça-chave: o nome mais utilizado que não segue é Hyoran, mas por vontade própria do clube, que não renovou seu contrato.

No elenco atual do Atlético, apenas Mariano participou do tetra de 2020 a 2023 e busca agora o penta. Igor Rabello também fez parte de todos esses elencos, mas esteve machucado e não entrou em campo no ano passado e o mesmo vale para Guilherme Arana. Alan Franco esteve emprestado nas últimas duas temporadas e não venceu em 2022 e 2023, apesar de ter vínculo com o clube desde 2020; Zaracho, Vargas  e Éverson chegaram em 2020, mas depois do título do Mineiro.

Seca indigesta

Não é normal para o Cruzeiro viver uma seca de títulos como a atual. Segunda maior vencedora da história do estadual, com 38 títulos, a Raposa viu a última seca deste tamanho se iniciar em 1978 – naquele ano, o Atlético foi campeão e repetiria o feito outra cinco vezes, com sua melhor série, o hexa.

Desde 1984, portanto, quando encerrou aquela série do Galo, o máximo que o Cruzeiro passou de anos sem título estadual foi quatro (1999-2002). Sim, o período é igual ao atual, porém com o asterisco de que 2002 o clube não disputou o Campeonato Mineiro – a Caldense foi a campeã, mas o Cruzeiro venceu o torneio correspondente que disputou, o chamado “Supercampeonato Mineiro“.

Para 2024, depois de ter conseguido o grande objetivo do ano de retorno ao Brasileirão, que era não ser rebaixado, o Cruzeiro vem se movimentando no mercado. O time tem um novo técnico, o jovem argentino Nicolás Larcamón, de 39 anos, e que ficou marcado por um bom trabalho no futebol mexicano. Junto de Larcamón, também do México, veio o artilheiro e compatriota Juan Dinenno, que tem como missão resolver o principal problema do time na temporada passada: gols. O Cruzeiro foi o pior ataque do Brasileirão, com média inferior a um gol por jogo. Outro que veio do México é conhecido da torcida, Lucas Romero, bicampeão da Copa do Brasil.

Ainda entre os reforços, um nome que empolga a torcida e gera expectativa sobre a recuperação de seu bom futebol é Gabriel Veron. Cria do Palmeiras, o atacante teve passagem decepcionante pelo Porto, de Portugal, e busca se reencontrar no Brasil.

Reconstrução do Coelho

Rebaixado para a Série B depois de viver os melhores anos de sua história, com direito a classificação para a Libertadores e uma inédita sequência de três anos na elite dos Pontos Corridos, o América reinicia um caminho ao que está habituado: tentar o retorno para a Série A.

O grande objetivo do Coelho no ano passa longe do estadual, mas é nele onde os testes e o progresso para a Série B começam a ser avaliados. Em relação ao time que encerrou 2023, muitos saíram, desde medalhões como Cazares, Cavichioli e Henrique Almeida, até apostas estrangeiras (Javier Méndez e Aguerre) e aposentados (Wellington Paulista).

Na prática, o América utilizou ao longo de 2023 um total de 49 jogadores, mas só 17 permaneceram na virada para este ano. Entre eles, ainda há dúvidas sobre os dois principais destaques na temporada passada, o artilheiro Gonzalo Mastriani, cobiçado no mercado nacional e internacional; e o meia argentino Emmanuel Martínez, que esteve na pauta de Cruzeiro e São Paulo, em negócios que não avançaram.

Por enquanto, fora nomes que voltam de empréstimo como Gustavinho e Flávio, as contratações e maior impacto do time são Vitor Jacaré, ex-Bahia, e o ídolo Moisés. O meia foi campeão da Série C com o Coelho, em um dos momentos mais difíceis da história do clube, e retornou para Belo Horizonte depois de uma carreira de sucesso com títulos brasileiros pelo Palmeiras e passagem de sucesso pela China.

O América só estreia na quinta-feira (25), mas os jogos de Atlético e Cruzeiro já são nesta quarta. O Cruzeiro fará o jogo de abertura, contra o Villa Nova, às 19h, enquanto o Atlético recebe mais tarde o Patrocinense (21h30).



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