O momento é de crise na seleção brasileira, impossível negar. A derrota para a Colômbia, a primeira em 15 confrontos nas eliminatórias, reforça o péssimo momento do Brasil sob a batuta de Fernando Diniz: com duas derrotas, um empate e duas vitórias, este já é o pior início da história de uma caminhada rumo a Copa do Mundo.
O aproveitamento da seleção brasileira nos cinco primeiros jogos é de apenas 46% dos pontos disputados. Neste momento, o Brasil ocupa a 5ª posição, dois pontos à frente do Equador, mas somente porque os equatorianos iniciaram essa disputa com uma punição de três pontos vindo das eliminatórias anterior. Se não fosse este o caso, a seleção brasileira estaria em sexto lugar, que até a Copa do Mundo passada significava eliminação antes do mundial.
A seleção brasileira apenas encontra-se dentro da zona de classificação para a Copa do Mundo de 2026 devido ao já anunciado aumento de vagas. Na próxima Copa o número de seleções passará de 32 para 48 e, com isso, a Conmebol passou a ter direito a mais duas vagas. Até 2022, quatro seleções se classificavam diretamente e uma ia para a represcagem. Agora, seis se classificam e uma vai para a repescagem, num modelo bastante generoso que só elimina três seleções.
Pior da história
O pífio desempenho da seleção brasileira neste início de caminhada contrasta com a grande facilidade nas eliminatórias anteriores. Se neste momento o Brasil mais perdeu pontos do que ganhou, no último ciclo a seleção estava com 100% de aproveitamento nessa mesma altura.
Na verdade, mesmo se a partir de agora a seleção vencer todos os jogos tem pela frente nos próximos dois anos o desempenho será abaixo do que o ciclo de Tite. Para a Copa do Catar, a seleção se classificou invicta, com 14 vitórias e três empates – um jogo contra a Argentina, o famigerado “jogo da Anvisa”, não aconteceu e acabou anulado.
Antes do ciclo para 2026, o pior início da seleção brasileira neste formato de eliminatórias, onde todas seleções jogam entre si em formato de ida e volta, havia se repetido três vezes. Para as copas de 2002, 2010 e 2018, o Brasil iniciou a disputa com duas vitórias, dois empates e uma derrota, logo, um ponto a mais do que conquistado até aqui – 53% de aproveitamento.
Mesmo antes do formato atual, a seleção brasileira nunca havia tido um desempenho que resultasse em menos de 50% de aproveitamento dos pontos disputados num início de ciclo.
