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De coadjuvante a protagonista, Rafael se isola como maior vencedor do futebol nacional



“Nem nos meus melhores sonhos eu podia imaginar estar vivendo isso”. A frase de Rafael após a conquista do título da Supercopa, sobre o Palmeiras, resume bem o seu momento na carreira. Por anos coadjuvante, o goleiro se consolidou como maior vencedor do futebol brasileiro no São Paulo, e agora como protagonista.

O título da Supercopa foi o nono da carreira de Rafael e a felicidade demonstrada em suas palavras, depois de um troféu de menor relevo, pode até parecer um exagero para alguém que carrega no currículo três Brasileiros e quatro Copas do Brasil. Mas a realidade é que por anos suas conquistas tiveram um sabor agridoce, de quem viveu o sucesso ser construído pelas mãos de terceiros. No São Paulo, isso mudou.

Antes de chegar ao Tricolor, as conquistas de Rafael foram sem grande protagonismo. Cria do Cruzeiro, o goleiro passou 10 anos na reserva de Fábio, e com isso foi uma figura menos importante em várias dessas conquistas. Somente pela Raposa foram dois Campeonatos Brasileiros e duas Copas do Brasil.

Quando saiu do Cruzeiro, Rafael tomou uma decisão ousada na carreira e mudou-se diretamente para o maior rival. No Atlético Mineiro, começou como titular e não parecia que teria concorrência, mas Sampaoli pediu a contratação de Éverson, que acabou por tomar o posto. No Galo, em três anos, o goleiro conquistou um Brasileiro, uma Copa do Brasil e uma Supercopa.

São Paulo fez de Rafael protagonista

A história de Rafael mudou com o convite do São Paulo em 2023. Com 33 anos, o goleiro deixou a sombra de outros grandes nomes do gol para enfim ser protagonista, e provou que estava à altura do feito. A conquista da Copa do Brasil, oitavo título nacional de seu currículo, foi um marco para o experiente atleta.

“Eu venho trabalhando há 22 anos para conquistar um título jogando e fazendo todo o campeonato. Para mim essa conquista vale a minha vida profissional, o meu sonho. Eu trabalho desde os 12 anos. Quando saí de casa a minha intenção sempre foi essa, viver do futebol e viver momento como este, que estou vivendo hoje, nunca mais vou esquecer. Vou ter este dia de hoje como um dos melhores da minha vida”, disse Rafael, emocionado, em entrevista no campo de jogo após a conquista sobre o Flamengo.

Na Copa do Brasil de 2023, Rafael conquistou pela primeira vez título sem asteriscos ou poréns. O goleiro, além da primorosa atuação na final, disputou todos os jogos da campanha e foi o atleta com mais minutos em campo na edição: mais de 900.

Com 66 jogos, Rafael fez mais jogos em 2023 do que nos cinco anos anteriores. O recorde pessoal de jogos até então era de 2017, com 33, apenas metade de sua primeira temporada no São Paulo. Naquela temporada, ainda pelo Cruzeiro, o goleiro começou a campanha do título celeste na Copa do Brasil como titular, mas terminou como reserva. O troféu com o Tricolor o colocou como maior vencedor do torneio ao lado do ex-lateral e hoje técnico Roger Machado, que também venceu quatro vezes.

Somados todos os títulos nacionais de Rafael, o goleiro tem nove conquistas. No futebol brasileiro, em títulos de primeiro nível, não há um vencedor maior. Zinho também tem oito, com cinco brasileiros e três copas, sempre como titular ou com protagonismo nas conquistas. Mayke, do rival Palmeiras, chegou a oito também no ano passado, como Rafael, mas perdeu o duelo direto na Supercopa.



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