O Brasileirão começou no fim de semana, e a presença dos “gringos” já se mostrou marcante. Mas reforços estrangeiros se tornaram realidade também longe da elite, em divisões inferiores e até em clubes sem divisão nacional. O futebol brasileiro é, cada vez mais, multicultural.
Segundo levantamento da Confederação Brasileira de Futebol, 300 jogadores estrangeiros foram registrados no BID nesta temporada. Com direito a crescimento de 181% no número de estrangeiros inscritos na Série B.
Na elite, 76 estrangeiros entraram em campo no fim de semana na primeira rodada do Brasileirão. Isso sem contar os naturalizados Éder (ítalo-brasileiro do Criciúma), Diego Costa (hispano-brasileiro do Grêmio) e JP Galvão (ítalo-brasileiro do Grêmio).
Oito estrangeiros marcaram gols e três deram assistência. 39% dos 28 gols da rodada tiveram a participação direta de estrangeiros. A CBF aumentou de sete para nove o número de estrangeiros que podem ser inscritos em uma partida.
Angola (1), Argentina (31), Chile (5), Congo (1), Colômbia (9), Equador (5), Paraguai (6), Peru (1), Uruguai (14) e Venezuela (3) foram os países representados. Juventude e Vitória foram os únicos clubes sem estrangeiros em campo na rodada. CAP, Atlético, Botafogo, Grêmio e São Paulo tiveram seis “gringos”.
No Brasileirão do ano passado, 122 jogadores estrangeiros atuaram (130, se contarmos os naturalizados por outros países). A expectativa é que o recorde seja quebrado ao longo da atual edição. Na Série B, o recorde é praticamente certo, e os 17 do ano passado devem ser facilmente superados.
Cada vez mais internacional, o futebol brasileiro explora mercados alternativos em busca de qualidade. Com maior poder de investimento, consegue atrair, também, jogadores de ligas mais prestigiadas. Na linguagem da bola, afinal, todos se comunicam na mesma sintonia.
Juan Martn Lucero
