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Brasileiro ganha 'corrida maluca' pela artilharia do Chinesão



A artilharia do Campeonato Chinês é, pela terceira vez consecutiva, brasileira. Depois de Júnior Negão (2021) e Marcão (2022), o ex-Menino da Vila Léo Souza garantiu a premiação de forma dramática. A corrida maluca pela artilharia valeu até a linha de chegada, com gol decisivo a quatro minutos do fim do campeonato.

Léo Souza, de 26 anos, dominou a artilharia durante boa parte do campeonato, mas sofreu curiosamente com a falta de estabilidade. O brasileiro já tinha desempenho notável pelo Changchun Yatai, onde começou a temporada, com 10 gols em 12 jogos. Mesmo artilheiro do Chinês naquele momento, o atacante acabou emprestado para o Zhejiang FC, que já tinha seu próprio goleador.

Quando chegou no novo clube, Léo se tornou companheiro de ataque do principal concorrente pela artilharia: Nyasha Mushekwi. O veterano, 10 anos mais velho, foi o goleador do Zhejiang no campeonato, mas não levou a artilharia geral.

A disputa entre o brasileiro e o africano, natural do Zimbábue, foi animada até o fim da disputa. Léo só foi ter o posto de fato ameaçado quando foi reserva em dois jogos, já nas rodadas finais do campeonato. Ambos foram decididos com gols de Mushekwi.

Na última rodada do Chinesão, com o Zhejiang sem ambições e o título de campeão do Shanghai Port já decidido há algumas semanas, o que houve de mais emocionante foi a decisão da artilharia. Ao início da rodada, o quadro geral era o seguinte: Léo Souza com 18 gols, Mushekwi com 17, e o chinês Wu Lei, do Shanghai, correndo por fora com 16.

A corrida maluca acabou por ser definida somente na reta final dos jogos. Wu Lei chegou ao 17º gol a 10 minutos do fim de sua partida; Mushekwi igualou Léo Souza a 8 do término da partida; Léo marcou o 19º a quatro do fim; o brasileiro quase viu Wu Lei buscar a artilharia nos acréscimos, quando fez seu segundo na partida e terminou com 18, empatado com Mushekwi na vice-artilharia.

Ex-Menino da Vila

Léo Souza não é dos nomes mais conhecidos no futebol brasileiro. O atacante estreou como profissional muito jovem, aos 18 anos, pelo Ituano na Copa Paulista de 2015 e chamou a atenção do Santos. No Peixe, o jogador voltou para a categoria de base e chegou a disputar uma Copinha e um Brasileiro de Aspirantes, mas nunca recebeu uma oportunidade no time principal.

A saída do Brasil para o exterior foi em 2018, para uma não tão animadora terceira divisão japonesa. Lá, porém, Léo já deu provas claras do faro goleador e foi, logo no primeiro ano, artilheiro da terceirona pelo Gainare Tottori. O clube não conseguiu o acesso, mas o brasileiro sim, que se transferiu para o Albirex Niigata, onde foi o principal goleador da segunda divisão japonesa.

Nessa escalada para o sucesso, Léo Souza chegou à primeira divisão japonesa, numa nova transferência, para o Urawa Reds. Na elite, nem precisou ser artilheiro para chamar a atenção do futebol chinês, que havia iniciado um período de entressafra dos craques: os nomes mais conhecidos começaram a sair do país, que viu como alternativa a aposta em jogadores promissores. Léo era um desses.

Desde que se transferiu para a Ásia, Léo Souza nunca se manteve em um único clube. Em seis temporadas foram oito camisas diferentes vestidas. A única semelhança na maior parte dessas histórias foi apenas uma: muitos gols. 



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