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Bayern em crise: de soberano alemão à panela de pressão



O Bayern de Munique perdeu para o Bochum, fora de casa, por 3 a 2, no domingo. O resultado escancarou as vísceras bávaras, de um time que, sob o comando de Thomas Tuchel, acumula recordes negativos. Soberano nos últimos anos no futebol alemão, o Bayern virou uma verdadeira panela de pressão, e pode terminar a temporada como há muito não terminava: sem título. 

Em campo, era difícil identificar o atual campeão alemão. O que se via era um time errando mais do que o costume, com um psicológico completamente abalado. Harry Kane perdia gols que não costuma perder, Müller errava passes que não costumava errar, Upamecano cometia falhas que, antes raras, viraram rotina (o defensor cometeu pênalti e foi expulso no segundo jogo seguido). 

Mesmo Kimmich parecia perdido em campo. Os lampejos de Musiala não foram suficientes mais uma vez, e a derrota para o Bochum foi a terceira seguida do Bayern, depois de sofrer contra Bayer Leverkusen e Lazio sem marcar gol. Uma sequência de três derrotas é algo que não acontecia há muitos anos na vida dos bávaros. Na verdade, há quase uma década. 

Há nove anos o Bayern não perdia três jogos seguidos. Em 2015, sob o comando de Pep Guardiola, o Bayern caiu na Champions após levar de 3 a 0 para o Barcelona na ida e perdeu ainda para Bayer Leverkusen e Augsburg na Bundesliga. Ainda assim, o time acabou campeão alemão com dez pontos de folga para o vice-campeão, Wolfsburg. 

Com os tropeços neste fevereiro, o Bayern tem o maior percentual de derrotas em uma temporada desde 2006/2007 (perdeu sete partidas em 32, 22%). Naquela temporada, o time terminou eliminado nas quartas da Champions, nas oitavas da Copa da Alemanha e finalizou a Bundesliga em quarto. Ou seja: não faturou nenhum título. Algo que pode se repetir em 2023/24.

Eliminado na Copa da Alemanha na segunda fase para o modesto FC Saarbrücken, da terceira divisão; derrotado na Supercopa para o Leipzig com um 3 a 0 que não deixou dúvidas; oito pontos atrás do líder da Bundesliga, Bayer Leverkusen; e em desvantagem contra a Lazio nas oitavas de final da Champions, o Bayern busca uma reviravolta de cinema nas duas únicas frentes que segue vivo para evitar uma escassez de troféu que não acontece desde a temporada 2011/12. Há 12 anos, o clube não termina uma temporada sem troféu. 

Uma verdadeira panela de pressão

A reviravolta em busca dos dois troféus que ainda estão em jogo na temporada parece improvável. Não apenas pelo desempenho do time em campo, mas pela falta de sintonia entre comissão técnica e jogadores. 

Na derrota para o Bochum, Kimmich não escondeu a insatisfação ao ser substituído. Na saída para os vestiários, o meia discutiu com o auxiliar técnico de Thomas Tuchel, Zsolt Low. Segundo a imprensa alemã, Manuel Neuer teve de apartar a confusão. 

Os jogadores não escondem a ira com o momento do time. Também após a última derrota, o meia Goretzka garantiu que o jogo pareceu “um filme de terror”. 

Apesar disso, a diretoria bávara, publicamente, garantiu apoio a Tuchel. Pelo menos até a próxima partida. E o treinador mostrou confiança em recuperar o melhor futebol do time. 

“Se você me perguntar, sim, eu ainda acredito que eu e a minha comissão técnica temos condição de reverter esse quadro”, disse rapidamente o treinador. 

O Bayern volta a campo no próximo sábado, às 14h30 (de Brasília), contra o RB Leipzig. O time saiu o mais rápido possível do Vonovia Ruhrstadion para partir em direção a Munique. Tuchel, e companhia, têm uma semana para catar os cacos. Está ficando tarde para evitar uma temporada de fracassos como há muito não se via na Allianz Arena. 



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