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Bastoni e o elemento surpresa da Inter de Inzaghi



Seja no 4-2-4 ou no 5-3-2, atravs de jogo de posio ou jogo funcional, respeitando as diversas formas de ver o futebol. Acreditando sempre na beleza do jogo, e nas diversas interpretaes do mesmo. Falo de ttica tentando fugir do professoral, mas sempre buscando ir alm. Como em uma conversa de bar. Sem espao para a saideira.

Já falamos aqui neste espaço sobre a Internazionale de Inzaghi (leia mais aqui). A campanha nerazzurri seguiu impressionando deste então. Mas uma nuance nas últimas partidas vem chamando a atenção: a presença do zagueiro Bastoni na fase ofensiva. 

O 3-5-2 de Inzaghi conta com muita qualidade na primeira fase de construção, feita em uma saída 3+1. Além do apoio de pelo menos um meia, o time conta com dois zagueiros com um passe vertical muito qualificado. Zagueiros que, em outros momentos da carreira (e da temporada), já atuaram como laterais. Vamos focar a análise neste texto em Bastoni. 

Se olharmos o mapa de calor de Bastoni nos jogos da Inter, temos a impressão de se tratar de um lateral. Mas é atuando como zagueiro que o defensor é considerado o grande elemento surpresa de Inzaghi no último terço. 

Um recorte interessante de Bastoni, que evidencia tal papel, é sua atuação contra o Empoli, nesta segunda. O lateral, quer dizer, zagueiro, conseguiu sua terceira assistência na temporada, avançou com frequência ao último terço e ainda acertou uma bola na trave. O padrão vem se repetindo já há algum tempo. 

Tanto que Bastoni já reconheceu, em declarações há algumas semanas, a importância de Inzaghi em sua evolução. “Inzaghi foi muito importante (no desenvolvimento tático). Antes, eu não era um jogador com tanta mobilidade em campo”, disse o defensor. 

Pavard, do outro lado, também pode buscar protagonismo no último terço. Qualidade não falta ao lateral, hoje zagueiro, autor de um gol inesquecível contra a Argentina, nas oitavas da Copa de 2018. Foi um dos tentos mais bonitos daquele Mundial. 

Um movimento é fundamental para que Bastoni, e também Pavard, consigam progressões com bola e infiltrações no último terço: o de cobertura dos meias. Como deixa claro Bastoni. 

“Não é fácil achar um jogador como o Mkhitaryan, que faz a cobertura na defesa quando necessário”. O dinamismo do armênio se soma ao de Barella e também ao de Çalhanoglu, construtores com bola, mas também com inteligência tática para, coletivamente, ocupar os espaços necessários no campo em coberturas inteligentes. 

Outro fator que ajuda Bastoni a ser um elemento surpresa no último terço é a mobilidade de Lautaro Martínez e Marcus Thuram. A dupla de ataque gera muitos espaços para infiltrações, se movimentando fora da área para atrair os marcadores. 

O protagonismo de Bastoni no último terço está longe de ser um mero acaso. Sem tirar os méritos do defensor, os movimentos são coordenados e frutos de uma dinâmica coletiva muito bem apresentada para o grupo e executada eficientemente. No segundo tempo contra o Empoli, Carlos Augusto, lateral esquerdo com características ofensivas, foi usado como zagueiro pela canhota, com Darmian como ala naquele lado. Mudam as peças, os conceitos seguem. O melhor futebol da Itália segue nadando de braçadas na Serie A. 



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