O Atlético Mineiro chegou a abrir 3 a 0 com uma atuação sólida. O Peñarol reagiu na segunda etapa, marcou duas vezes e pressionou nos minutos finais. Após certo drama na Arena MRV, os mineiros confirmaram a vitória em 3 a 2 para seguirem 100% na Libertadores.
O Galo lidera o grupo G da competição, com nove pontos, enquanto o Rosário vem logo abaixo, com quatro, seguido do Peñarol, com três. O Caracas é o lanterna, com um ponto apenas.
Controle alvinegro
O Peñarol, de Diego Aguirre, que faz uma bela temporada, esteve longe de competir de igual para igual com o Atlético, de Gabriel Milito. Foi mais uma boa atuação da equipe mineira, que conseguiu dominar o rival de ponta a ponta.
No primeiro tempo, o Galo mostrou bom repertório ofensivo para superar um rival bem fechado. Paulinho se movimentou pelo ataque inteiro, Hulk, embora tenha errado muito, veio atrás buscar jogo e Zaracho e Scarpa foram sempre participativos, principalmente o segundo. A construção era feita sempre através de bola de pé em pé, com jogadores próximos para triangulações e tabelas.
As primeiras descidas ao ataque foram sempre aproveitando a qualidade de Arana pela esquerda. O lateral tentou cruzamento para Paulinho, que cabeceou para fora (com desvio da zaga). Alan Franco tentou de fora na sequência, mas acabou bloqueado.
Aos 16 minutos, bela trama ofensiva atleticana pela canhota. Arana apareceu mais uma vez e deixou no meio com Zaracho, que abriu para Paulinho na área. O atacante deu passe para trás, e Scarpa pegou de primeira de canhota para abrir o placar.
O segundo gol não demorou muito. Dessa vez, Paulinho pressionou Damián Garcia em saída de bola, recuperou e tirou de Amores para ampliar a vantagem mineira. Fácil, fácil.
O restante da primeira parte foi de domínio alvinegro. Fora uma cobrança de falta venenosa de Leo Fernández, a referência criativa dos uruguaios, o jogo se passou todo do outro lado. 2 a 0 ficou até barato.
Jogo muda de cara
O Atlético seguiu melhor na volta para o segundo tempo. Logo no início, Hulk mandou bola por elevação na área para Paulinho, que parou em De Amores. Na sequência, foi Paulinho que desviou de cabeça e Zaracho acertou o travessão.
O terceiro gol saiu justamente depois de Diego Aguirre fez três alterações. Após boa triangulação no corredor central, Hulk avançou e esperou o momento certo para abrir com Scarpa, que ajeitou o corpo e bateu rasteiro para marcar mais um.
O Peñarol tentou uma blitz imediata para voltar ao jogo. E conseguiu descontar com Olivera, que aproveitou um cruzamento de bicicleta de Leo Fernández para descontar de cabeça.
O segundo gol saiu aos 24 minutos. Após boa trama pela canhota, com a participação de Sosa, a bola ficou viva na área, Arana tentou afastar, mas acertou em Maxi Silvera e viu a bola morrer no fundo da rede.
O jogo mudou completamente de cara. Era o Peñarol quem pressionava. Gastón Ramírez quase buscou a virada em cobrança de falta de muito longe. O camisa 10 soltou uma pancada e a bola pegou na trave de Everson. Na sequência, Sosa também arriscou de fora e mandou por cima do alvo.
No fim, foi mais difícil do que se desenhava. Com a entrada do brasileiro Matheus Babi, o Peñarol foi para cima nos minutos finais e tentou pressionar com bolas pelo alto. Mas o Alvinegro se fechou bem e, apesar do drama, confirmou a vitória.
