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Artilharia da Série B é a mais 'pobre' do século



Acostumada a consagrar jogadores de pouco renome e veteranos em fim de carreira, a artilharia da Série B de 2023 foi bem mais pobre que o habitual. Gustavo Coutinho, do Atlético Goianiense, terminou a temporada com a honraria com apenas 14 gols, número mais baixo desde Bill, que fez 15 em 2016, e igual a pior marca deste século, de Rinaldo em 2001.

Coutinho, de 24 anos, alcançou a artilharia graças a um grande momento vivido no início do mês de agosto. O atacante marcou seis gols no intervalo de 12 dias, dois contra o Sampaio Corrêa, um contra o CRB e um hat-trick contra o Tombense. Ali foi a disparada do jogador para o topo da artilharia, que depois dessa boa fase só marcou três vezes nos 14 jogos seguintes que disputou.

Na vice-artilharia da Série B, o posto ficou com veterano Ytalo, de 35 anos, que acordou tardiamente para a briga. Ytalo sequer era cotado para goleador, mas marcou cinco gols nos últimos quatro jogos, deu um salto na briga, mas ficou sem a honraria e também não conseguiu salvar o Sampaio Corrêa do rebaixamento – apesar da boa reta final individual do jogador, o time maranhense ganhou apenas um desses quatro jogos em que ele marcou.

Como um parâmetro de comparação, os 14 gols que renderam a artilharia a Gustavo Coutinho neste ano não serviam até para vice-artilharia recente. Em 2020 o vice foi Léo Ceará, com 16; em 2021 foi Léo Gamalho, também com 16; e no ano passado Lucca, com 15.

Independente do contexto em que se deu, Gustavo Coutinho agora tem o nome na história como artilheiro da Série B. Este é o primeiro prêmio individual de artilharia para o atacante enquanto profissional. Em 2022, Coutinho bateu na trave, chegou a liderar a artilharia do Campeonato Paraibano, mas perdeu a disputa para Olávio. O mesmo aconteceu no passado, em 2021 na Série C e em 2020 na Série D.

Agora, enfim artilheiro, Coutinho tem futuro incerto – o jogador tem contrato com Fortaleza até o fim da próxima temporada, mas sofre com a falta de oportunidades no Leão. Nos últimos dois anos o atacante passou por quatro empréstimos para clubes diferentes (Operário, Botafogo-PB, Sport e Atlético Goianiense). Será a artilharia suficiente para convencer Juan Pablo Vojvoda ou para alçar o jogador para voos mais altos? Essa história fica para 2024.



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