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Com muito equilíbrio e protagonismo brasileiro, J-League abre nova temporada


A 33ª edição da J-League começou nesta madrugada. Criada no início da década de 1990 e impulsionada por craques brasileiros como Zico, Bismarck e Careca, a nova edição do Campeonato Japonês segue buscando talento por aqui. Para dar o pontapé na temporada, convidamos dois brasileiros que marcarão presença no campeonato. 

Todos os times da J-League contam com pelo menos um brasileiro no elenco. No total, são 45 brasileiros inscritos até o momento. O recém-promovido Júbilo Iwata e o Kawasaki Frontale são os elencos mais brasileiros, com cinco jogadores nascidos no Brasil em cada. Temporada passada, 46 brasileiros entraram em campo. 

A capital Tóquio e uma liga equilibrada

Henrique Trevisan é zagueiro do FC Tokyo. Apesar de as primeiras edições da liga terem ficado na capital japonesa, com o Tokyo Verdy, que retorna para a elite em 2024, o FC Tokyo nunca foi campeão da J-League. Nessa nova temporada, segundo Henrique, o time lutará na parte de cima da tabela. 

O brasileiro chegou no futebol japonês ainda em 2021, ano em que foi vice-campeão da Copa do Imperador pelo Oita Trinita. No ano seguinte, se mudou para a capital, mas sofreu com lesões e só conseguiu maior sequência ano passado. 

“Temporada passada foi muito importante para mim. 2022 foi difícil devido a uma lesão no ombro. Na temporada passada, voltei, me tornei titular no FC Tokyo, fiz bons jogos, foi uma temporada onde consegui me firmar. A chegada do novo treinador também foi importante e ajudou na minha evolução”, contou Henrique, para a reportagem de oGol

@Divulgao/Tokyo FC

Na temporada de afirmação em Tóquio, Trevisan se destacou, principalmente, pelo jogo pelo alto. Além de ser referência nos duelos defensivos pelo alto, marcou ainda dois gols. 

“A bola aérea é uma característica positiva minha. Tenho destaque desde as categorias de base. Evoluí bastante na bola aérea, tanto defensiva, quanto ofensiva. Eu tento explorar cada vez mais isso, pode ser um fator importante durante a temporada, fazendo gols e ajudando a equipe defensivamente também”, explicou Henrique. 

O defensor projeta um ano de luta pelas posições na parte de cima da tabela para o FC Tokyo. O brasileiro, porém, evita fazer previsões e destaca a imprevisibilidade da liga, das mais equilibradas do futebol asiático. 

“A J-League é um campeonato bastante equilibrado, não é um campeonato que tem três, quatro favoritos. É um campeonato de um nível muito bom, muito rápido, intenso, técnico. A gente vê que a liga está crescendo cada vez mais, a gente vê a evolução dos japoneses pela Copa, jogadores importantes do cenário mundial vindo para o Japão, o que valorizou a liga”, analisou Trevisan. 

Camisa não ganha título 

Assim como no Brasileirão, a J-League não conta com favoritos claros. Apesar de ser uma liga relativamente nova, as 32 edições tiveram, até o momento, 11 campeões diferentes. A maior sequência de títulos foi do Kashima Antlers, tricampeão entre 2007 e 2009. O clube é o maior campeão do país, com oito conquistas, o que não impediu uma campanha fora do G4 em 2023. 

O volante brasileiro Dawhan, formado no Corinthians, joga no também tradicional Gamba Osaka, bicampeão nacional e campeão, também, da Liga dos Campeões da Ásia. Na última temporada, porém, o clube lutou até o fim na parte inferior da tabela. 

@Divulgao/Gamba Osaka

“O Gamba Osaka é uma das equipes mais vencedoras aqui do Japão. Lógico que as pessoas esperam que o Gamba Osaka brigue pelas primeiras colocações da liga. Creio que esse ano a história será diferente e vamos colocar o Gamba no lugar que ele merece, que é brigando por títulos”, garantiu Dawhan. 

O brasileiro chegou no futebol japonês em 2022. Ano passado, apesar das dificuldades coletivas do Gamba Osaka, Dawhan viveu sua temporada com o maior número de participação em gols, com sete tentos e cinco assistências. 

Dawhan se adaptou rápido ao futebol japonês, facilitado pela presença brasileira em Osaka, uma das cidades com maior presença brasileira no país, e também pelo diálogo com o técnico espanhol Dani Poyatos. Dawhan logo se apaixonou pela cultura japonesa e pela cidade. 

“A cultura deles é fantástica e a gente absorve rápido. Eles são muito educados tanto para falar, quanto no trânsito. Gosto muito de ir na Universal Studios aqui em Osaka com minha esposa e filha”, contou. 

Em campo, Dawhan endossa o discurso de Trevisan e também ressalta o equilíbrio da liga, apesar da força do Vissel Kobe, atual campeão que contou recentemente com estrangeiros como Andrés Iniesta, Sergi Samper e Juan Mata. 

“O Vissel Kobe foi campeão ano passado com uma baita equipe. Com certeza chama a atenção dos outros times pelo fato do título. Mas acho que na J-League todos os times são bem difíceis de jogar contra, porque hoje o futebol está muito nivelado. Então basicamente todos os jogos têm o mesmo nível de dificuldade. Claro que tem elencos com jogadores de mais nome, porém as dificuldades são as mesmas”, afirmou. 

A primeira rodada da J-League ficou concentrada na madrugada de sexta para sábado. O FC Tokyo, de Henrique Trevisan, encara o Cerezo Osaka, fora de casa, enquanto o Gamba Osaka, de Dawhan, visita o Machida Zelvia. 



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