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De La Cruz domina meio campo, pontas encaixam e Fla apresenta melhor versão



Tite parece cada vez mais perto da formação ideal no Ninho do Urubu. Na noite desta terça-feira (20), no Maracanã, o Flamengo apresentou uma de suas melhores versões desde a chegada de seu novo técnico.

Diante do Boavista, o Rubro-Negro foi soberano, abusou das variações, seja no jogo por dentro ou pelas pontas, e, com intensidade (que ainda não tinha sido vista nesta temporada), goleou por 4 a 0.

“Mudanças forçadas” abrem caminho para o futuro

Com as ausências de Pulgar e Gerson, dois titulares afastados por problemas médicos, além de Allan que também está fora, o Rubro-Negro iniciou a partida com o jovem Igor Jesus, cria da base, e De La Cruz compondo a linha de volantes, com Arrascaeta tendo liberdade para flutuar na intermediária do Boavista.

Variando entre o 4-3-3 clássico, com Everton Cebolinha aberto na esquerda e Luiz Araújo aberto na direita, o Fla adiantou suas linhas de marcação e montou uma pressão com seis homens na saída de bola adversária, propiciando uma recuperação rápida da posse.

Quando superada esta primeira marcação, a recomposição rápida contou com a cobertura do corredor pelos pontas, formando uma espécie de 4-4-2, com Arrascaeta e Pedro mais adiantados. Funcionou!

Além da cirúrgica execução da pressão pós-perda, a mudança de posicionamento de De La Cruz, que migrou de terceiro para segundo homem de meio campo (posição que o mesmo atua na seleção uruguai), foi a principal notícia para o Flamengo nesta partida.

Dono de uma fluidez ímpar, o uruguaio fez todo o jogo rubro-negro passar por seus pés. Com passes rápidos e verticais, o camisa 18 quebrou linhas por vários momentos e facilitou ainda mais o jogo de movimentação de Arrascaeta, que, inclusive, marcou um gol gerado por uma assistência de seu compatriota.

Encaixe da profundidade pelos lados

O grande desafio de Tite desde sua chegada tem relação com o funcionamento do jogo pelas laterais do Flamengo. Seja por problema técnico e individual dos atletas ou até mesmo pela falta de encaixe tático, o Rubro-Negro custou para ser eficiente pelos lados e, por muitas vezes, se tornou previsível, com o excesso de centralização das jogadas.

Um momento raro nesta amostragem (desde a chegada de Adenor Bachi) se deu no duelo contra o Palmeiras, no Maracanã, em novembro, quando o Fla abusou da velocidade pelos lados e venceu com certa facilidade, embolando, àquela altura, a briga pelo título brasileiro. 

E esta precisão no jogo pelos lados se repetiu nesta última terça-feira. Bem cobertos pela defesa e por Igor Jesus, que foi cirúrgico como primeiro homem de meio campo, os laterais tiveram liberdade para atacar por dentro, oferecendo o corredor para os pontas, e também pelo fundo, tirando proveito da movimentação dos extremos.

Os dois primeiros gols do Fla no jogo, inclusive, mostram o funcionamento do jogo pelos lados. No primeiro, Luiz Araújo recebe na direita e, através de sua individualidade, define com perfeição. No segundo, Cebolinha ataca o um contra um na esquerda, leva para o fundo e dá assistência perfeita para Pedro marcar.

É sabido que o que foi apresentado no Maracanã nesta terça-feira não é parâmetro definitivo para os desafios da temporada, mas a certeza que fica é que Tite parece cada vez mais perto de encontrar o caminho que ele considera ideal para sua equipe.



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