O Clássico Caju terminou empatado em 1 a 1 no Alfredo Jaconi. O Caxias controlou o primeiro tempo com muito ímpeto e levou para o intervalo a vantagem mínima. Na etapa final, o Juventude respondeu a partir das mudanças e encontrou a igualdade.
Com o empate, o Papo chegou aos 15 pontos e sustentou uma vantagem confortável na terceira colocação da tabela. Para o Grená, a igualdade resultou na permanência em sétimo, com dez, e ainda perto da zona de rebaixamento.
Caxias vence pela intensidade
Um clássico pode ser decidido nos detalhes. No Caju, o Caxias mostrou atenção a cada lance, brigou por cada espaço dentro de campo e terminou os primeiros 45 minutos sendo recompensado. O Grená foi fiel ao estilo do estreante técnico Argel Fuchs e superou o rival na intensidade.
Apesar do duelo acontecer no Alfredo Jaconi, o Caxias comandou o início da partida, vencendo as divididas e arrancando a posse de bola na garra. A primeira chance clara foi dos visitantes. Em sobra dentro da área, Elyser testou livre no segundo poste e mandou na rede pelo lado de fora.
Ainda em ritmo desacelerado, o Juventude demorou para equilibrar as forças e entrar no ritmo do rival. O Papo igualou a posse de bola, mas seguiu sofrendo com intensidade do Caxias e terminou castigado no primeiro tempo.
A jogada começou com uma roubada de bola no campo de defesa, em que Alan Ruschel ficou caído, cobrando uma falta, enquanto Marcelo iniciou o contragolpe. Com o furo na defesa jaconera, Emerson Martins partiu pela direita e lançou para Gabriel Silva entrar pela ponta e emendar um canhão no ângulo.
O gol não foi suficiente para acordar o Juventude, que seguiu acumulando uma posse de bola fria, sem verticalidade e facilmente marcada pelos visitantes. O Caxias também não voltou a criar perigo ao Papo, mas sustentou a vantagem sem correr riscos.
Juventude melhora com as mudanças
Na volta do intervalo, o Juventude apresentou as mesmas credenciais, mas aumentou a posse de bola e o volume ofensivo, ocupando com ainda mais rigor o campo ofensivo. Do outro lado, o Caxias ficou ainda mais acuado, parou de visitar o ataque e aceitou a pressão.
Roger Machado usou as substituições, mas não encontrou alternativas para vencer a defesa rival. O Juventude careceu de inspiração e dependeu apenas de lances de bola aérea. Somente aos 30, na última modificação, o Ju encontrou a oportunidade que sempre buscou.
Três minutos após entrar em campo, Luis Mandaca pegou a bola na entrada da área e entrou costurando a defesa grená. Antes da linha de fundo, o volante cruzou rasteiro e Gilberto entrou de carrinho, desviando para as redes.
O empate selado animou a reta final da partida e levou ainda mais o Juventude para o campo de ataque. Ainda carente na armação, o Papo tentou o empate em lances burocráticos e seguiu parando na zaga visitante. Com o fôlego escasso dos dois lados, a igualdade permaneceu no clássico Caju.