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O fantasma da LCA que assombra os EUA (e o futebol feminino)



A Amrica do Norte a terra do Donuts, do Maple Syrup, do Poutine, de calor e frio extremo. Do basquete da NBA, do hockey da NHL, do baseball da MLB. E tambm a terra do soccer.

A seleção estadunidense feminina de futebol ainda conta com algumas dúvidas para a disputa dos jogos Olímpicos de Paris. Um velho fantasma da modalidade é responsável por algumas delas: a ligação do ligamento cruzado anterior. 

Na última Copa do Mundo, 37 jogadoras ficaram de fora do torneio por conta da LCA. Megan Rapinoe, craque e lenda estadunidense, sofreu com o problema três vezes ao longo da carreira. 

O trauma da lesão, que cobra das jogadoras meses de força mental e física em uma recuperação arrastada, é um fantasma que não abandona a modalidade. Afeta muito mais do que no caso dos homens. 

Segundo o National Center for Biotechnology Information (Centro nacional da informação em biotecnologia), instituto de pesquisa do Governo estadunidense, uma mulher tem entre duas e oito vezes mais chances de sofrer com uma lesão de ligamento cruzado anterior que um homem. No futebol, a chance de lesão é maior 2.8 vezes. 

Fatores neuromusculares, hormonais, motores, anatômicos e mesmo especificidades do jogo foram citados como preponderantes para aumentar o risco de lesões de LCA em mulheres. 

Outro fator que deve ser levado em conta, também, embora não citado diretamente pelo NCBI, é o tipo de chuteira usado pelas mulheres. Segundo um estudo publicado ainda ano passado pela Associação Europeia de Clubes (European Club Association), 82% das jogadoras sentiam dor ou desconforto com as chuteiras que calçavam. Chuteiras feitas para homens, mas menores. Segundo a pesquisa, um quinto das jogadoras customiza a chuteira para evitar problemas e incômodos. A ECA estuda os impactos das chuteiras nas lesões. 

O aumento no número de partidas no futebol feminino, recente devido ao avanço no processo de profissionalização da modalidade em mais países e ao maior apoio das entidades responsáveis pelo jogo, também contribui para as lesões LCA. Mais jogos, menos tempo de recuperação, maior o risco de lesões. 

A seleção estadunidense, referência da modalidade, não é imune a esses problemas. Atualmente, duas atletas cotadas para defender a equipe em Paris, nas Olimpíadas, se recuperam de lesão LCA: Swanson e Macario. Ambas ficaram de fora da convocação para a Copa Ouro. 

Catarina Macario, campeã da Champions League de 2022 com o Lyon, com direito a gol na final contra o Barcelona, não joga desde junho de 2022. Mallory Swanson rompeu os ligamentos anteriores três meses antes da última Copa do Mundo, em abril do ano passado. Swanson treina com a equipe estadunidense em preparação para a Copa Ouro, mas não jogará o torneio e está com o grupo unicamente para se recuperar da lesão. Ambas, segundo a técnica interina Twila Kilgore, seguem no radar de olho em Paris. 

Veteranas como Alex Morgan e Sauerbrunn foram deixadas de fora da lista para a Copa Ouro, embora ainda sigam no radar para os Jogos Olímpicos. O risco de mais lesões assombra a seleção estadunidense. 



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