Após início de temporada turbulento e decepcionante, o Manchester United, enfim, dá sinais de reação na Premier League. E parte desta retomada dos Red Devils tem nome e sobre nome: Rasmus Højlund.
Com apenas 21 anos, o prodígio dinamarquês vive grande momento na temporada e, com cinco gols nos últimos cinco jogos (todos feitos em momentos cruciais), fez o United voltar a pensar em vaga nas competições europeias, o que estava fora de cogitação há alguns meses.
Mas nem sempre foi assim…
Problemas na adaptação e seca no Inglês
Visto como a principal opção no mercado, após o insucesso nas negociações do United por Harry Kane, Højlund chegou a Old Trafford, após destaque na Atalanta, custando a bagatela de 64 milhões de libras, aproximadamente R$ 398 milhões.
O alto investimento, entretanto, não foi correspondido num primeiro momento. Em sua primeira temporada no futebol inglês, o atacante passou por um longo período de adaptação quanto ao estilo da marcação na Premier League, a velocidade do jogo e até mesmo a dinâmica de movimentação no último terço.
Aliado a tudo isso, a joia dinamarquesa ainda precisou encarar a falta de entrosamento com os companheiros e (em alguns momentos) até mesmo a falta de confiança em seu futebol. O brilho de Højlund começou a surgir na Liga dos Campeões, quando o atacante marcou contra Bayern, Galatasaray e Copenhague… os gols, entretanto, foram ofuscados pelo péssimo momento defensivo do United, que custou uma vexatória eliminação precoce na fase de grupos.
De volta à Premier League, o drama continuou. Pouco municiado em campo, o camisa 11 chegou a ter uma média de chute de 1,3 por jogo em seus primeiros dez jogos na competição. Um número muito baixo para um atacante do potencial de Rasmus Højlund .
A incômoda seca continuou e o jovem atacante ultrapassou os 1000 minutos em campo no Inglês sem balançar as redes. Apesar do cenário adverso, o dinamarquês nunca perdeu o respaldo do técnico Erik ten Hag, que o defendeu publicamente.
“A mentalidade de Højlund é ótima e ele lida muito bem com o estresse. Se você consegue marcar gols na Champions League, também pode marcar gols na Premier League. Isso naturalmente vai acontecer”, declarou o comandante holandês durante o período sem gols de Rasmus.
A volta por cima
Demorou, mas o fim do jejum chegou para Rasmus Højlund. E foi quando o United mais precisou. Após 15 jogos de seca, o dinamarquês marcou simplesmente o gol da virada dos Red Devils contra o Aston Villa, aos 37 do segundo tempo, em jogo válido pela 19ª rodada do Inglês.
Mais confiante e nitidamente mais entrosado com os companheiros de equipe, em especial com o trio Marcus Rashford, Alejandro Garnacho e Bruno Fernandes, Højlund passou a ser mais participativo nos jogos, seja como referência no momento final ou como peça importante na abertura de espaços nas defesas adversárias.
Resultado? O jogo virou e as bolas do prodígio dinamarquês começaram a balançar as redes. A belíssima sequência atual de Rasmus começou em duelo importantíssimo contra um Big Six. Na ocasião, o camisa 11 marcou um gol e distribuiu uma assistência no empate em 2 a 2 com o Tottenham em Old Trafford.
Depois disso, Newport County, Wolverhampton, West Ham e Aston Villa (outra vez) se tornaram vítimas naturais e sequenciais de Højlund, que soma seis gols e duas assistências nos últimos sete duelos.
Passao a passo, e gol a gol, a joia começa a fazer valer o investimento milionário e dá mostras de que o futuro dos Diabos Vermelhos pode ser bem mais empolgante do que o passado recente…
