A Nigéria passou sufoco para conseguir despachar a África do Sul e carimbar sua presença na decisão da Copa Africana de Nações. Depois de sofrer um empate surpreendente nos acréscimos, as Super Águias pressionaram na prorrogação, mas só conseguiram a vaga depois de vencer a disputa por pênaltis.
Em busca do tetracampeonato, a seleção nigeriana aguarda o vencedor do duelo entre Costa do Marfim e Congo. A decisão será no domingo (11), às 17h, no horário de Brasília, no Estádio Olímpico Alassane Ouattara.
Defesas superam os ataque
A Nigéria tentou emplacar uma pressão desde cedo contra a África do Sul e logo no primeiro lance causou suspiros na sua torcida. Em jogada de Lookman, Osimhem chegou atrasado no cruzamento e quase deixou as Super Águias em vantagem.
A liberdade da Nigéria para construir no primeiro lance não se manteve durante a primeira etapa. Rapidamente, a África do Sul encaixou a marcação e parou os principais escapes dos nigerianos.
Em resposta, a África tomou o controle da partida a partir da reta final do primeiro tempo. Sempre em lances protagonizados por Percy Tau, os Bafanas Bafanas criaram poucos lances de perigo, mas conseguiram afastar os nigerianos de perto da sua meta.
VAR protagoniza reviravolta
No retorno do intervalo, a Nigéria buscou outra vez seu controle da partida e conseguiu. Com ainda mais verticalidade, as Super Águias incomodaram a defesa africana e suportaram a pressão até a abertura do placar.
Aos 22, Victor Osimhen recebeu cercado por quatro marcadores e conseguiu cavar uma penalidade. Na cobrança, o capitão William Ekong cobrou com frieza, por baixo do goleiro e colocou a Nigéria na frente.
O time comandado pelo português José Peseiro permaneceu com a posse de bola nos lances seguintes, mas evitou definir as jogadas, valorizando a posse. A África demorou para responder a desvantagem e somente na reta final iniciou sua blitz.
Segura no setor defensivo, a Nigéria conteve os ataques sul-africanos e teve a chance de liquidar a partida. Aos 42, em jogada que iniciou em roubada de bola no campo de defesa, Osimhen recebeu no segundo poste e, livre, empurrou no fundo da rede.
Embora a festa nigeriana, o VAR entrou em ação para mudar completamente os rumos da partida. O assistente de vídeo chamou o árbitro principal e apontou uma falta no início da jogada, anulando o gol e gerando um pênalti para a África do Sul. Na bola de segurança, Mokoena cobrou firme e decretou o empate já nos acréscimos.
Prorrogação e pênaltis
Apesar do balde de água fria, a Nigéria começou bem a prorrogação, esqueceu o que passou no tempo normal e recomeçou seu caminho. Depois de um primeiro tempo novamente estudado, a etapa final mostrou alternativas e as Super Águias criaram mais.
Na melhor chance, Iheanacho disparou completamente livre e só parou em carrinho de Kekana, que levou o vermelho direto. Com pouco mais de cinco minutos jogando com a vantagem numérica, a Nigéria aumentou a pressão, abafou os adversários, mas não conseguiu resolver com a bola rolando.
Nas penalidades, Mokoena, que marcou nos acréscimos, abriu a série para a África do Sul desperdiçando sua cobrança. Do lado nigeriano, Aina também faltou com capricho e isolou sua batida.
A classificação da Nigéria começou a ser efetivada novamente nas mãos de Nwabili. O goleiro defendeu o chute de Magkopa e deixou Iheanacho tranquilo para recolocar a Nigéria na decisão da Copa Africana após mais de uma década.
