Aqui o assunto o futebol de selees. Seja na bola alada na rea, ou no chute direto para o gol, o objetivo no ter fronteiras.
Se você quer fugir do convencional, assistir à Copa Africana de Nações pode ser uma boa opção. A edição de 2024 não poupou favoritos e, curiosamente, nunca teve a língua portuguesa tanto em evidência.
Com a definição dos oito participantes nas quartas de final, chama a atenção uma verdadeira reestruturação na ordem de forças na África. Na CAN de 2021, as oito melhores seleções foram Senegal, que se sagrou campeão, Guiné Equatorial, Egito, Marrocos, Burkina Faso, Tunísia, Gâmbia e Camarões.
Nesta terça-feira (30), duas dessas seleções ainda tinham chances. Na grande surpresa, a seleção de Marrocos, quarta colocada na última Copa do Mundo, caiu para a África do Sul. Já o selecionado burquinês foi superado pelo Mali.
Os duelos de quartas de final, portanto, foram definidos da seguinte forma: Nigéria x Angola, Congo x Guiné, Mali x Costa do Marfim, e Cabo Verde x África do Sul. Metade dessas seleções nunca venceu a CAN: caso dos malineses, guineenses, angolanos e cabo-verdianos.
Por sinal, atingir as quartas de final não é novidadade para os dois países que falam o português. Angola está entre os oito melhores pela terceira vez na história, enquanto Cabo Verde obteve esse feito pela segunda vez. No entanto, os dois países nunca atingiram esse estágio da competição em uma mesma edição.
Ranking para quê?
Metade dos postulantes ao título são uma novidade e, com isso, o favoritismo de algumas seleções caiu por terra na Copa Africana de Nações. O ranking da FIFA tem quatro seleções africanas entre as 32 melhores do mundo – um hipotético recorte que valeria vaga em Copa do Mundo até o formato praticado no Catar 2022.
Curiosamente, essas quatro seleções já estão fora da CAN. Em desempenho decepcionante, Tunísia (28ª no ranking) e Argélia (30ª) caíram já na fase de grupos, onde somaram apenas dois pontos cada.
Atual campeã da Copa Africana e eliminada nas oitavas de final da última Copa, Senegal é a seleção melhor rankeada pela FIFA, na 21ª colocação. De nada adiantou, já que o país foi eliminado pela anfitriã Costa do Marfim, nos pênaltis. Marrocos, como dito acima (32ª no ranking) foi quarto colocado no último Mundial e acabou superado pela África do Sul.
Se a lógica, ou melhor, a falta de lógica da Copa Africana de Nações for mantida, até o fim da disputa ainda devemos ver novos resultados surpreendentes. Teremos um campeão inédito?
