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Afastamento de Gilberto reflete fracasso do ataque cruzeirense em 2023



O Cruzeiro não conta mais com Gilberto para ajudar na luta contra o rebaixamento no Brasileirão. O atacante, de 34 anos, não marca um gol desde maio, vive uma das piores temporadas da carreira, e ainda assim é o vice-artilheiro do clube em 2023, com apenas seis gols. A situação é reflexo da ineficiência do ataque cruzeirense, o segundo pior da Série A, o terceiro pior no ano entre os 40 clubes da primeira e segunda divisão, e que tem uma média inferior a um gol por jogo.

O afastamento de Gilberto foi confirmado no sábado, pelo próprio técnico Zé Ricardo, após o empate em 0 a 0 com o Cuiabá. Gilberto não foi relacionado para a partida e não entra em campo desde o dia 20 de setembro, ainda assim acabou como a imagem de um time que chegou ao 18º jogo neste ano sem fazer gol. O número é quase metade das 40 partidas disputadas na temporada.

“Foi uma decisão conjunta da direção e do clube para poder decidir sobre o afastamento. A comissão participou dessa decisão. Desse caso agora estamos tratando de forma interna”, declarou Zé Ricardo, lembrando ainda ‘problemas anteriores’ à sua chegada do atacante. Um dos episódios públicos foi a discussão de Gilberto com o volante Machado, no empate da Raposa com o Corinthians no mês de agosto, penúltimo jogo de Pepa sob comando do time.

Individualmente, Gilberto vive sua segunda pior temporada no futebol brasileiro. Apenas pelo São Paulo, em 2016, o atacante marcou menos gols e teve média inferior. Os seis gols do atacante, por outro lado, o deixam como vice-artilheiro do próprio Cruzeiro no ano, que tem Bruno Rodrigues como principal goleador, com nove. Bruno também vem em baixa e foi reserva nos três últimos jogos que disputou.

Problema crônico

A falta de gols no Cruzeiro é uma constante desde o início desta temporada. A diferença é que este fato tinha menos importância à medida que o saldo se mantinha positivo, com a defesa como principal pilar. O Cruzeiro ainda tem uma das melhores defesas do Brasileirão, a terceira que menos sofreu gols ao lado do Palmeiras, mas a conta passa a não fechar enquanto o clube se aproxima da zona de rebaixamento, com apenas uma vitória nos últimos 12 jogos – nenhum clube venceu menos vezes neste intervalo.

Ciente dos problemas ofensivos, o Cruzeiro foi ao mercado em busca de soluções. Na janela de transferências fechada em agosto, Ronaldo Fenômeno garantiu a chegada de quatro jogadores para o ataque: Paulo Vitor soma poucos minutos em campo e nenhum gol marcado; Rafael Elias, o ex-Papagaio, marcou um gol em cinco jogos; Arthur Gomes, ex-Sporting, estreou com pompa com dois gols, mas não voltou a marcar nos nove jogos seguintes; Matheus Pereira, por fim, foi a grande contratação, mas se lesionou no início de agosto e só voltou a campo nesta última partida.

Em números gerais, o Cruzeiro tem 39 gols em 40 jogos na temporada. No Brasileirão, o ataque só não é pior que o do Internacional, que tem um gol a menos. Em todo 2023, considerando todas as competições disputadas, o Cruzeiro tem o pior ataque dos 20 clubes da Série A e também é pior que 18 equipes da Série B, apenas Botafogo-SP e Londrina marcaram menos vezes (37).

Na luta contra o rebaixamento, com quatro pontos de vantagem para o Z4, o Cruzeiro precisa voltar a vencer. A matemática dos empates, para quem também mais empata na elite, até tem ajudado a manter o perigo distante, mas apenas as vitórias podem dar a certeza de não retornar para a Série B.



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