Importante força recente do futebol espanhol, o Sevilla dava mostras de viver um declínio apesar do título da Liga Europa na última temporada. Nesta terça-feira (12), os Blanquirrojos se despediram da Liga dos Campeões e até mesmo a tábua de salvação já está fora de alcance.
Diante do Lens, pela rodada final da fase de grupos da Champions, o Sevilla amargou a quarta derrota em seis jogos e acabou eliminado da competição sem qualquer triunfo pela primeira vez. A última colocação no Grupo B representa a pior campanha dos espanhóis na história da competição.
Em 2023/24, portanto, não há nem mesmo a possibilidade de “salvar a lavoura” com uma nova campanha de destaque da Liga Europa. Campeão em cinco das últimas dez edições do torneio, o Sevilla abre uma via para novos postulantes ao troféu da segunda principal competição europeia.
O técnico uruguaio Diego Alonso balança no cargo com péssimo desempenho. São somente duas vitórias, ambas contra adversários frágeis na Copa do Rei, além de cinco empates e seis derrotas. Na temporada como um todo, o Sevilla tem quatro triunfos, 11 igualdades e dez reveses, um aproveitamento de apenas 30,6% dos pontos disputados até aqui.
Demissão não é solução
A temporada 2022/23 foi de carrossel de técnicos nos Blanquirrojos. Julen Lopetegui iniciou trajetória com uma vitória em dez confrontos e acabou demitido. O substituto foi o problemático Jorge Sampaoli, que também teve vida curta.
Para driblar a crise, a diretoria do Sevilla apostou em uma solução “caseira”. O espanhol José Luis Mendilibar, com passagens por Alavés, Eibar, Osasuna, Valladolid, entre outros clubes de menor porte, recebeu o maior desafio da carreira. E não desapontou.
O título da Liga Europa diante da Roma coroou uma temporada cheia de percalços onde o clube chegou a flertar com o rebaixamento no Campeonato Espanhol. Ao término da 17ª rodada, o Sevilla era o vice-lanterna, mas acabou por fechar a disputa no 12º posto.
No século, essa foi a primeira vez que o Sevilla terminou uma edição da La Liga abaixo do décimo lugar. Somente em quatro oportunidades a equipe não ficou pelo menos no top-6 e ainda angariou dois terceiros lugares. Antes da queda abrupta, o Sevilla vinha de uma trinca importante: quarto colocado nas edições de 2019/20, 2020/21 e 2021/22.
Se no Espanhol passado houve um flerte com o rebaixamento, em 2023/24 a situação é mais preocupante. Atualmente no 16º lugar, o Sevilla soma apenas duas vitórias, ambas ainda com Mendilibar, em 15 duelos. O Celta de Vigo, primeira equipe no Z3, está a apenas três pontos de distância dos sevillanos.
O bicho papão da Liga Europa já não assusta mais. Acostumado a brigar na parte de cima da tabela, o Sevilla vive nova realidade. Mais do que nunca, o espírito copeiro precisa entrar em ação. Ou os próximos objetivos da equipe não serão dos mais louváveis.
