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Luxemburgo, de dispensado a esperança do Cruzeiro na Era Ronaldo?



O mundo da bola dá voltas. O início da “Era Ronaldo” no Cruzeiro começou com dispensa a Vanderlei Luxemburgo. Menos de dois anos depois, o atual dono do time celeste estuda recorrer ao veterano para tentar evitar nova queda para a Série B.

Na zona de rebaixamento ao fim da 34ª rodada, embora ainda com dois jogos em atraso, o Cruzeiro decidiu demitir o técnico Zé Ricardo. É a segunda demissão no decorrer do Brasileirão, que começou com o português Pepa. O luso teve um início promissor de Brasileirão, mas não resistiu à queda de desempenho e deixou o clube no fim de agosto.

A opção pela troca de comando na reta final do Brasileirão deixa o Cruzeiro com poucas alternativas no mercado. Entre elas, Luxemburgo é apontado como o favorito da diretoria no momento, segundo a Rádio Itatiaia. Curiosamente, o técnico foi o primeiro “demitido” pela nova gestão.

Dispensado por “economia”, Luxa foge do padrão Ronaldo

Não seria a primeira vez de Luxemburgo com o ingrato posto de “bombeiro” celeste. Na última passagem, em 2021, o experiente treinador assumiu o posto de técnico no meio da temporada. Na época, em crise profunda, o Cruzeiro temia o pior dos cenários, a queda para a Série C, com o time no 18º lugar na tabela da segunda divisão.

Luxemburgo foi bem sucedido no seu objetivo principal. Salvou o Cruzeiro da queda, terminando o campeonato com o 14º lugar. Uma campanha humilhante para o gigante mineiro, mas que poderia ter sido muito pior. A avaliação do trabalho de Luxa acabou por ser positiva, mas não o garantiu a continuidade.

Entre o fim de 2021 e o início de 2022, o Cruzeiro passou por uma reformulação completa, com mudança na política de investimentos. Ronaldo, o Fenômeno, assumiu o controle do clube e teve de tomar a decisão sobre a continuidade, ou não, de Luxemburgo. Na época, o treinador e sua comissão técnica custavam cerca de R$ 220 mil, e teriam um aumento significativo pelo acordo selado anteriormente. Mas não houve sequer intenção de negociação salarial.

Ronaldo queria um técnico de outro perfil e patamar financeiro. O escolhido foi Paulo Pezzolano, com acordo na casa dos R$ 200 mil. O momento era de renovação de esperanças e, embora a troca tenha causado alguma desconfiança inicial para muitos, Pezzolano desfez com bom desempenho qualquer dúvida sobre sua capacidade para reerguer o Cruzeiro da Série B. Deixou o time celeste por opção, em 2023, para trabalhar na Espanha, no Valladolid de propriedade do próprio Ronaldo, em uma passagem que terminou frustrante e com rebaixamento.

De volta à Série A, Ronaldo decidiu que era hora de aumentar um pouco a folha salarial. Trouxe o português Pepa, com uma comissão técnica mais custosa do que a de Luxemburgo, embora dentro de um patamar ainda baixo para os maiores clubes da elite. O luso teve bons momentos, porém foi demitido de forma surpreendente, com alegações de que a “avaliação do trabalho” era negativa, mais do que a dos resultados. Nos bastidores, falava-se de problemas de relacionamento com elenco.

O substituto foi Zé Ricardo, novamente dentro do Padrão Ronaldo – técnicos mais jovens, embora com alguma experiência, potencial e baixo custo. O clube investiu também em reforços no meio da temporada, mas não deslanchou com as mudanças. Foram apenas três vitórias em 10 jogos com o novo treinador, que não resistiu.

Independente da escolha do próximo técnico, Ronaldo e sua gestão tiveram de pagar rescisões fora dos planos, fugindo do conceito de escolhas inteligentes e econômicas defendidas pela gestão. O retorno a Vanderlei Luxemburgo pode ser entendido como uma mudança de rota: mais caro e experiente, com 71 anos, longe do auge. De dispensado, o veterano virou possibilidade de salvação em meio à crise, agora na Série A.



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