Atuação de gala, reação, expulsão, pênalti perdido… aconteceu de tudo, na noite desta quarta-feira, no estádio Nilton Santos. Em uma espécie de “final antecipada”, o Glorioso recebeu o Palmeiras, chegou a abrir 3 a 0 no primeiro tempo, mas viu o Verdão crescer na segunda etapa e arrancar uma improvável e épica virada no fim: 4 a 3.
Com o resultado, o time comandado por Abel Ferreira chega a 56 e encurta para três a diferença para o ainda líder Botafogo, que tem um jogo a menos e vai ter que “soar a camisa” para não deixar o título brasileiro escapar.
Prazer, líder do Brasileirão!
O Botafogo entrou em campo disposto a não deixar nenhuma dúvida de quem é o principal postulante ao título do Campeonato Brasileiro. Com uma atuação de gala, o Glorioso adiantou linhas, encaixou as transições com precisão e não tomou conhecimento do poderoso Palmeiras.
Logo aos 11, Tchê Tchê finalizou da entrada da área e carimbou o travessão. Pouco depois, Tiquinho foi lançado pelo alto, tentou de cabeça, mas mandou pela linha de fundo. Sem tirar o pé do acelerador, o Fogão encurralou o Palmeiras e foi premiado pela insistência.
Aos 20, em mais uma jogada de velocidade pelo lado, Victor Sá levantou a cabeça e acionou Eduardo, que bateu de primeira da entrada da área. A bola desviou em Murilo no meio do caminho e entrou: 1 a 0.
Absoluto, o time comandado por Lúcio Flávio queria mais e, com certa facilidade, transformou a vantagem mínima em um verdadeiro atropelo. Aos 29, Tchê Tchê recebeu próximo ao bico da grande área pela esquerda e disparou um chutaço na gaveta, sem chances para Weverton.
E não parou por aí. Ainda antes do intervalo, em mais um contra-ataque muito bem encaixado, Junior Santos arrancou, fez fila e entregou para Tiquinho. O camisa 9 invadiu a área, bateu cruzado e forçou o rebote de Weverton. Na sobra, Junior Santos, livre de marcação, só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio.
Endrick brilha, Palmeiras cresce e arranca virada histórica
Na volta do intervalo, depois de ser atropelado no primeiro tempo, o Palmeiras virou a chave, foi mais agressivo e não demorou para descontar. Logo aos cinco, após bobeada de Perri na saída de bola, Endrick “resolveu sozinho”, fez fila na defesa alvinegra e finalizou para o fundo das redes.
O gol deu ainda mais confiança para o Verdão, que iniciou uma blitz para cima do Botafogo. Aos 15, Breno Lopes chegou a marcar o segundo, mas o assistente flagrou impedimento do camisa 19, confirmado pelo árbitro de vídeo na sequência.
A empolgação alviverde ganhou um gás a mais aos 28, quando Adryelson deu um puxão em Breno Lopes, que progredia no campo de ataque, e, após análise do VAR, recebeu cartão vermelho.
Com um jogador a menos, o Glorioso ainda teve a chance de matar o jogo nos pés de Tiquinho Soares em cobrança de pênalti (que foi sofrido pelo mesmo), mas o centroavante parou em um paredão chamado Weverton.
Na reta final, como era de se esperar, o Verdão foi para o tudo ou nada e deu início a uma improvável virada no Nilton Santos. Aos 39, Endrick aproveitou sobra na grande área, clareou para perna canhota e colocou no canto. Minutos depois, após lindo lançamento de Endrick pela direita, Gustavo Gómez desviou de cabeça para o meio e Flaco López deixou tudo igual no placar.
O empate já era algo improvável e incrível, mas o time de Abel Ferreira quis mais. Já nos acréscimos, após cobrança de falta de Raphael Veiga pela esquerda, Murilo apareceu livre na segunda trave e, de primeira, estufou as redes do Nilton Santos, garantindo uma virada épica, uma das maiores desta edição do Brasileirâo: 4 a 3.
