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Com Sport e Bahia, Nordeste volta à elite do Brasileirão Feminino; conheça os classificados




A frase 'Nordeste no topo' já foi aplicada em diversos contextos, sejam eles esportivos ou não e dessa vez não seria diferente. Entre os 16 times participantes, a maioria está representando a região Sudeste. São Paulo lidera o ranking com seis (São Paulo, Bragantino, Palmeiras, Faerroviária, Corinthians e Santos). Já o Rio de Janeiro (Fluminense, Flamengo e Botafogo) e Minas Gerais (Cruzeiro, Atlético Mineiro e América Mineiro) aparecem logo depois, com três clubes cada. Grêmio, Internacional e Avaí/Kindermann estão com a região sul e o Real Brasília representa o Distrito Federal. 

Dito isso, o clichê também precisa ser celebrado. E se tem uma galera em festa, são as equipes femininas de Sport e Bahia, que foram promovidas à elite do futebol de mulheres no Brasil: o A1. 

Leoas de volta! 

O Sport foi primeiro dos quatro times classificados a colocar o pé na série primeira divisão e volta a jogar na elite após cinco anos. O jogo do acesso aconteceu na tarde de sábado (06), após vencer o Athletico, no Arruda. O time de Recife perdeu na ida das quartas de final por 1×0. Mas no segundo jogo, as Leoas venceram por 2×1 no tempo normal, com direito a gol nos acréscimos e emoção até o final, quando a equipe venceu por 4×1 nos pênaltis.

Ao longo da história, o time já esteve na primeira divisão do futebol feminino em três temporadas: 2017, 2018 e 2019. Há dois anos no comando do time, Regiane Santos não conteve a emoção ao final da partida e falou sobre o processo dessa conquista. 

"É a realização de um trabalho. Do quanto a gente lutou, a gente persistiu para estar aqui. Saímos da A3, o ano passado foi um sufoco, para hoje estarmos aqui, conquistando o acesso. Mas a gente trabalhou duro para caramba para chegar até aqui. Só a gente sabe os obstáculos que passamos para estar até aqui. Esse é o ápice para elas e para o meu trabalho", desabafou Regiane em entrevista a TV Sport. 

Avante, Mulheres de Aço

O Bahia carimbou seu terceiro acesso nesta segunda-feira (08), após o empate em 0x0 contra o JC, em Pituaçu. No jogo de ida, as Mulheres de Aço venceram por 2×0, mas empataram sem gols no retorno. O resultado, apesar de emplacar o time em uma nova jornada, não deixou a técnica Lindsay Camila 100% feliz. 

“Desde o primeiro dia, da primeira conversa, o objetivo era o acesso. Conseguimos. Fico feliz por isso […] . A torcida lindamente apareceu, tivemos fogos, talvez tenhamos ficados ansiosas. O JC soube jogar o jogo. É um time que veio sem peso.", contou a técnica em coletiva pós-jogo.   

Apesar disso, o acesso é um respiro para o elenco feminino, que em 2023, foi rebaixado de forma vexatória. No dia da queda, o clube anunciou que intensificaria o processo de reestruturação e sem citar nomes, o Bahia garantiu que ia contratar profissionais específicos para a gerência e a supervisão de futebol, além de ampliar a equipe. Assim foi feito e o primeiro objetivo foi conquistado. 

Onça da Amazônia em evidência 

A região Norte também terá seu representante, após cinco anos. A  última vez que um time amazonense esteve na elite foi em 2020, com o Iranduba. O nome da vez é o 3B da Amazônia, que está – de forma inédita – na Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino. Neste domingo (07), depois da partida contra o Mixto terminar empatada por 1 a 1 no tempo normal, o time amazonense venceu por 4 a 2 nas penalidades e conquistou o acesso. 

O presidente do clube, João Bosco Bindá, comemorou o acesso das Feras e revelou que vaga é fruto de um projeto bem elaborado, afinal, o 3B  segue invicto na competição, com nove jogos, seis vitórias e seis empates. 

"Esse ano começamos primeiro. Montamos um time pra subir, trouxemos 18 jogadoras,18 leoas. Estou muito feliz e agora já quero pensar na semifinal", comentou Bosco. 

Juventude na área 

A última vaga ficou com o Juventude, após levar a melhor diante do Fortaleza. Os times empataram em 2×2 na tarde de terça-feira (19). O time gaúcho levou a melhor por 3 a 2 no placar agregado e conquistou o acesso à Série A1, se juntando ao Grêmio e Internacional, que disputam o campeonato. 

Parte do mérito para o time mudar de patamar está com a coordenadora de departamento Renata Armiliato. Em entrevista coletiva pós-jogo, ela enfatizou que a conquista é fruto de muito trabalho. 

"Muito se dá pelo trabalho. Desde o início, apresentamos para a direção o nosso projeto e eles nos deram total apoio, total suporte e acreditaram no nosso trabalho. Então, foi muito trabalho, da comissão que também topou toda essa loucura que era botar o Juventude na primeira divisão. Até então, era uma loucura, né? Nós começamos praticamente sem uma equipe, sem meninas, sem atletas, e a gente foi subindo aos poucos, com muito cuidado, sempre com os passos muito bem calculados", afirmou a coordenadora. 

Agora as quatro equipes vão em busca do caneco da Série A2, o caminho já está traçado. O primeiro duelo será um clássico nordestino entre Sport e Bahia; o segundo, por sua vez, terá 3B e Juventude. As datas das semifinais e horários ainda não foram divulgados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

 

 

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