A derrocada do Botafogo em 2023 teve como símbolo a derrota de virada para o Palmeiras, com gol nos acréscimos. O tempo passou, e o roteiro seguiu o mesmo. Na abertura do Brasileirão, o Alvinegro conheceu sua primeira decepção contra o Cruzeiro, com virada sofrida nos acréscimos.
Neste domingo, na estreia do técnico Arthur Jorge, o Botafogo teve mais uma exibição de altos e baixos. Logo aos cinco minutos, o time saiu na frente, com Tiquinho Soares, mas acabou por levar a virada no segundo tempo. Mesmo com um jogador expulso, o Alvinegro ainda buscou empate… Apenas para sofrer mais um gol nos acréscimos, de Rafael “Papagaio” Elias, com derrota por 3 a 2.
Os gols nos acréscimos podem ter diferentes explicações. Quando o caso se torna frequente, o mais comum é culpar-se a concentração, a falta de capacidade para controlar partidas, ou desgaste físico. O fato é que, desde o início da derrocada alvinegra em 2023, na série de quatro derrotas com Bruno Lage no comando, o Botafogo já sofreu oito gols após o fim do tempo regulamentar.
O drama das viradas tem feito também parte da incômoda rotina do Botafogo no período. Ao todo o time alvinegro sofreu quatro viradas, como as contra Palmeiras e Grêmio no ano passado, as mais dolorosas.
Para efeito de comparação, a equipe oGol fez um levantamento de clubes que mais sofreram com viradas no período, que começa com a derrota para o Defensa Y Justicia em agosto de 2023. Apenas um time sofreu mais viradas que o Botafogo: o Bahia. O Tricolor Baiano perdeu cinco vezes depois de ter saído na frente no marcador nestas datas. Duas delas contra o arquirrival Vitória no estadual.
Dois times em reformulação com novas SAFs, Botafogo e Bahia precisam aprender com os erros… Ou correm o risco de verem o epíteto de “time da virada” ganhar uma conotação negativa.
